quinta-feira, 17 de março de 2011

Comunicação na Família


Desde algumas décadas, os valores da família sofreram repetidos assaltos, ocasionando graves danos nos planos humano, social e religioso. Existem diversos valores que precisam ser redescobertos; entre eles, a comunicação na família.

Com o tempo, devido à dureza do coração humano, os valores vão se degenerando, ferindo o plano inicial de Deus e a própria essência do ser humano. Cada vez mais, o homem vai se distanciando do caminho da verdadeira felicidade.

A comunicação é um campo de trocas, de interações, que permitem nos perceber, nos expressar e nos relacionar com os outros. Ensinar e aprender. Moram (1998) afirma que comunicar é entrar em sintonia, aproximar, trocar, dialogar, expressar, influenciar, persuadir, convencer, solidarizar, tornar transparente, comungar.

Na comunicação, expressamos e buscamos o nosso lugar pessoal, nosso eixo, nosso centro, a partir do qual interagimos com os outros, com a sociedade.

Vivemos em constante comunicação. Nossa vida é comunicação! Comunicamo-nos com palavras, ações, posturas, gestos superficiais e até com nosso modo de andar.

Do ponto de vista da psicologia, a comunicação é uma das necessidades emocionais mais essenciais ao ser humano.

Comunicamo-nos porque temos carências. Precisamos de muitas informações para preencher nossos desejos e expectativas, para acalmar nossos medos, na busca de integrar o "eu dividido", as tensões que dispersam, os antagonismos que nos atraem para várias direções.

Comunicamo-nos para fugir da solidão, porque nos sentimos sós.

A comunicação desvenda, cura, ajuda a "reviver" situações introjetadas. O ponto de partida de Freud é que a comunicação cura. Falar com o outro revela o que estava escondido até de nós mesmos. E outras linhas terapêuticas caminham, com variantes, na mesma direção. A comunicação com o outro é reveladora.

Talvez o divino projeto humano, com uma boca e dois ouvidos, tenha sido feito especificamente para os casais. Segundo Taylor (2000), significa a indicação sutil da proporção correta entre falar e escutar. É mesmo divino quando parceiros podem, escutar, um ao outro, duas vezes mais do que cada um fala. Se quisermos, podemos transformar a parte mais passiva do relacionamento interpessoal num recurso ainda maior — aprendendo a escuta profunda. Pois, enquanto escutar ainda é a maior dádiva do amor, a escuta profunda é o que faz o amor durar.

E agora? Alguns anos se passaram, os filhos vieram e cresceram, trazendo alegrias e preocupações. É justamente nesse momento que se encontrar, dialogar, conversar, compreender, falar e ouvir — sobretudo ouvir, tornam-se uma necessidade, um dever na família

O relacionamento entre pais e filhos é bastante complexo e passa por muitas mudanças ao longo do tempo. A rede familiar, que está inserida num contexto social e histórico, sofre várias influências. A conduta de um influi na do outro, num complexo sistema de trocas. Muitas dificuldades que os pais tiveram quando pequenos são "reeditadas" no contato com os filhos.

Crenças, valores, maneiras de encarar e de viver a vida, noções do que é ser bons pais e bons filhos, tudo isso entra na composição do relacionamento

Percebemos que diante de todo esse contexto, a comunicação não depende só de uma pessoa; depende do tipo de relação que se estabelece com os outros. É importante estar atento aos diversos tipos de com comunicação que desenvolvemos com as pessoas que nos cercam. Examinemos as pessoas que nos ajudam, as que complicam, as que caminham bem e àquelas que nos causam problemas. Precisamos ser mais coerentes, abertos, autênticos para cada situação, facilitando, assim, o processo de comunicação

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