domingo, 28 de julho de 2013

Construa com prazer...

Se fosse rápido e fácil as coisas já estariam prontas. Pelo fato de ser difícil e demandar muito tempo, implica que você está fazendo alguma coisa de significação e relevância. Peter Folks O valor de qualquer realização é construido com o tempo e esforço que você coloca dentro dele. Siga em frente, continue construindo e você terá algo de grande valor. Com frequência, você verá que não será fácil manter-se positivamente focado e – em cima disso – os problemas, obstáculos e imprevistos sempre irão aparecer. Claro, seria muito mais fácil não fazer nada. Porém, ao fazer nada, você também apenas só criou nada. Em vez disso, siga em frente e faça o trabalho difícil que tem de ser feito. Com cada esforço, você estará acrescentando mais valores e substância à sua realização. Sinta o prazer e a satisfação à medida que você continua o difícil e compensador trabalho de construir aquela realização. Saiba também que – mesmo que você ainda não o perceba – um precioso valor já está vindo à sua vida.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

10 coisas que deixam feliz....

Como diria a música da propaganda: o que faz você feliz? Viajar? Rever os amigos? Diz uma pesquisa britânica que são as coisas simples da vida. Simples, mas sempre ligadas ao dinheiro. E pra saber quais são essas “coisas”, os pesquisadores entrevistaram 2 mil adultos do Reino Unido. Cada um deles recebeu uma lista de bons acontecimentos e precisou colocar, em ordem de importância, quais eram as mais felizes, aquelas que realmente eram capazes de deixá-los de bom humor. Dá uma olhada nas 10 situações mais votadas: 1. Descobrir 50 reais esquecido no bolso de um casaco – com 59% dos votos 2. Ganhar uma competição que você nem lembrava mais que tinha entrado (tipo um bolão) – 46% 3. Receber um reembolso ou desconto que você nem sabia existir – 41% 4. Economizar dinheiro nas contas de casa – 31% 5. Encontrar um bilhete de loteria premiado de 30 reais – 28% 6. Ir até a loja comprar um produto e descobrir que o preço caiu – 26% 7. Emagrecer 200 gramas – 18% (sério, gente? São só 200 gramas…) 8. Encontrar dinheiro num caixa automático – 13% 9. Não acordar com ressaca depois de encher a cara na noite anterior – 5% 10. Encontrar um assento no trem no caminho para o trabalho – 3% (se for às 8h ou às 18h, em SP, é pra ficar de bom humor mesmo) Só que as pessoas ficam tão felizes com o dinheiro inesperado que nem ligam se não for delas. Na segunda parte do estudo, os pesquisadores fizeram uma parceria com uma lavanderia. Pediram aos funcionários que entregassem 50 reais aos clientes que supostamente haviam encontrado no bolso do paletó. Era mentira, claro, mas ninguém devolveu a nota. De qualquer forma, o segredo da felicidade é ter surpresas positivas. Mas essa lista é dos ingleses – e, provavelmente, os pesquisadores não deram a eles outras opções. Então conta pra gente: o que mais te deixa feliz, que muda seu humor de uma hora para outra? (Via Daily Mail) Crédito da foto: flickr.com/joelwillis

domingo, 14 de julho de 2013

Dórian por Murilo Lense

Dórian
por Murilo Lense

Não foi quando papai morreu que eu descobri que ninguém escapa da morte. Foi algumas semanas depois, quando morreu Dórian, meu peixinho imortal.

Ganhei Dórian de meu pai quando tinha quatro anos. “É um peixinho imortal, filha”, disse. O nome foi ele mesmo quem deu. Falou que era nome de um personagem de livro famoso, belo e imortal como o peixinho. De lá para cá, não posso dizer que tive momentos extraordinários com Dórian. Apesar de bonito, inteiro vermelho e com longas barbatanas, não deixava de ser um peixe, que nadava e comia e só. No entanto, posso dizer que ele sempre esteve lá.

Eu entrei para a primeira série, fiz amigas, odiei garotos, cresci, entrei para a quinta série, comecei a gostar de garotos, fiz inimigas, dei meu primeiro beijo, fui ao meu primeiro show, tive meu primeiro namorado, voltei a odiar alguns garotos, fui para a Disney, me formei depois da oitava série, e Dórian ainda estava lá. Quando eu contava às pessoas, elas não acreditavam. Um peixe ornamental daquela espécie vive em média três anos e pode chegar a, no máximo, oito, se bem cuidado. O meu já tinha mais de dez, e eu nem cuidava assim tão bem dele. “Ele deve ser mesmo imortal” eu pensava.

Dois anos depois, papai fez uma cirurgia complicada no coração e não sobreviveu. Por vários dias eu chorei e, depois disso, para que não cessasse meu pranto, foi Dórian que, em um dia frio, apareceu boiando no aquário. Só então minha mãe me contou toda a verdade.

Não havia existido apenas um Dórian, mas vários. Meu pai trocava o peixinho por outro muito parecido cada vez que parecia abatido, ou se simplesmente já tivesse vários meses de vida. Uma vez, ela contou, o peixe morreu de repente e papai saiu na madrugada atrás de outro, para que eu o encontrasse vívido e exuberante pela manhã. Era assim que ele cumpria o que havia dito, era assim que fazia de Dórian imortal.

Nos anos seguintes, não estava lá meu pai, mas estavam alguns homens tentando se passar por ele. Não foram poucos os namorados que minha mãe, bonita como era, trouxe para casa. Marcos, Fabrício, Daniel, eu nem me lembro.

O tempo vagou. Tomei meu primeiro porre, perdi a virgindade, comecei a fumar, passei no vestibular, beijei uma menina na faculdade, comecei a trabalhar, saí de casa, parei de fumar, me formei. E quem estava lá eram os namorados da minha mãe, constantemente substituídos, sempre gentis, querendo me agradar.

Hoje penso que seria melhor se ela tivesse continuado a trocar apenas o peixinho.


sexta-feira, 12 de julho de 2013

Lí Gostei ....Quem não se lembra das suas férias...

Quem não se lembra das suas férias no quintal de sua casa, no campo, na praia, na casa dos avós, dos tios, dos amiguinhos, quando criança? Brincadeiras das mais variadas, usando a imaginação sempre, bem próprio da criança, claro. Quando me lembro das minhas férias vem o cheirinho da culinária gostosa, do bolinho de chuva preparado por minha mãe, das correrias dentro de casa, das cabanas improvisadas no meio da sala.Lembro também que minha irmã e eu passávamos horas brincando embaixo de uma árvore enorme que ficava em frente a nossa casa.Era uma árvore muito especial para a gente, chamada “Seringueira”, enorme e linda, do tamanho dos nossos sonhos. Agora, adulta, educadora, mãe de um casal de filhos, me vejo com os meus fofos aluninhos, viajando num grande “quintal” de histórias, músicas e brincadeiras. Juntos, somos capazes de desvendar mistérios, desacelerar o passo e, por alguns instantes, parar o tempo. Olhar para o alto e imaginar nuvens de algodão, correr por um “quintal” que é nosso, soltar a voz e cantarolar mais uma canção. Partilhar um piquenique, plantar, colher sonhos, amigos e histórias, que com certeza ficarão guardados por muito tempo na nossa memória. Sempre reforço aos pais, aproveitarem o tempo que têm, mesmo que seja pequenininho, para entrarem nesse lindo”quintal” do imaginário e vivenciarem momentos tão mágicos, durante essas curtas férias, mas que podem se tornar longas e inesquecíveis para os seus preciosos tesouros. Que com eles possam ser príncipes, princesas, fadas, lobo mal e chapéuzinho. Que possam virar crianças, se tranformando em filhinhos, numa rica e divertida inversão de papéis. Brincando, rolando no chão, cantando e dormindo agarradinho. Tem coisa melhor? Entrar no mundo da imaginação com seu filho é permitir que ele se veja em você e você se veja nele. Rosana Raulino