quarta-feira, 1 de julho de 2015

Se for para esperar , espere sentada: Uma reflexão sobre expectativas frustradas!!!

Por Maria Cristina Ramos Brito
No consultório, têm se tornado comuns as queixas sobre o comportamento dos outros, da falta de compromisso à traição, de coisas banais como não retornar ligações a atitudes mais sérias, como desfazer relacionamentos pela internet, em tempos modernos, esse outro parece sempre estar pronto a nos decepcionar. Em relações informais, porém não necessariamente superficiais, essas reclamações são recebidas com compreensão e manifestações de simpatia, acompanhadas de uma história semelhante, própria ou de outro alguém, afinal, quem nunca ficou na vontade, esperando retribuição? Mas, como psicóloga, minha abordagem vai bem além de um tapinha no ombro reconfortante. Para se compreender a frustração, é preciso começar com a pergunta: afinal, o que se espera da família, dos amigos, do mundo? Para refletir sobre questão tão ampla e profunda, vamos buscar os significados do verbo esperar. Lembrando da escola, na gramática, verbo pertence à classe de palavras que indicam ação. Mas como tudo na vida tem exceção, há verbos cuja ação é inação, no caso de esperar, quem espera tem esperança, mas não age, conta que algo aconteça ou se resolva, sem que seja um evento de que se tenha certeza, desejável, mas apenas provável. Quando não se quer fazer algo, diz-se ao outro: espere sentado. Então por que a decepção quando o que se espera não chega? Às vezes, porque ainda se acredita nas promessas da infância, de que quem espera sempre alcança. Ou por crenças de que pedir, reivindicar ou reclamar não são de bom-tom. Mas onde estão as razões de viver repetidos desapontamentos por promessas não cumpridas, seja pela vida que teima em não retribuir o bom comportamento, ou pelas pessoas, que não reconhecem a dedicação que lhes é dispensada? Muitas vezes nas expectativas alimentadas pela própria pessoa não apenas na intensidade das emoções, mas no tipo de relação de que pensa necessitar. Quantas fantasias são projetadas nos encontros, de que, se não correr tudo bem, dentro das expectativas, não terá valido a pena? E por que promessas não cumpridas por outrem são uma sentença de fracasso de quem a sofre? Quando se confunde o que se pensa com o que se sente e se se mistura com o outro, desfazendo fronteiras emocionais, promessa vira obrigação e se perde a perspectiva de que a vida é dinâmica e as pessoas mudam, inclusive e muito frequentemente, de ideia. Então, algumas pistas estão surgindo. Voltando à gramática, um verbo, usualmente, está ligado a um sujeito, que pratica ou sofre a ação. Como vimos, o sujeito que espera está na inação, dependendo de alguém que supra sua necessidade ou desejo, este o sujeito da ação. Se aquele que espera depende de quem faz ou dá, como pode exigir receber exatamente o que quer, se isso vai depender da vontade ou disposição do outro? Complicado, e mais ainda, fórmula para pequenas ou grandes decepções. Devemos, por isso, desistir de tudo e abrir mão das relações que, cedo ou tarde, podem nos entristecer, pelo não cumprimento de promessas? Não, basta aprender muitos verbos de ação e conjugá-los todo dia. Acredito que, desde o nascimento, temos a oportunidade de descobrir as chaves do mistério da existência, porque viver, afinal, é uma aventura, às vezes, divertida, outras, nem tanto. Seja como for, por mais que tenhamos companheiros de jornada, a viagem mais significativa é a que fazemos dentro de nós. E é ela que nos permitirá lidar melhor com expectativas, frustração e promessas, sem ficar preso a qualquer uma delas. Pode ser um grande amor, o emprego dos sonhos, a viagem longamente acalentada, se não se faz nada a respeito, o tempo passa e parece repetir: espere sentado. Porque para cada sonho que se queira realizar, há apenas um verbo que não deve ser conjugado: esperar.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Toda gentileza é uma declaração de amor

Toda gentileza é uma declaração de amor COLUNISTAS Josie Contijun 24, 2015 Por Josie Conti
Gentil é aquele que passa pela vida do outro, toca-o com leveza e marca-o onde ninguém mais pode ver. Lembro-me que, quando pequena, sempre saia com meu avô pela rua. Figura agradável e prestativa, não economizava sorrisos ou negava favores. Jamais o vi reclamando que alguém não pagou pelo seu trabalho ou que foi explorado. Brincava com as meninas da padaria, dava gorjeta, ajudava aos irmãos, aos filhos e mimava as netas. Quando trabalhava, fazia-o assoviando. O que o tornava tão especial e querido por todos? O que o mantinha nesse estado de equilíbrio com o ambiente? Gosto de pensar que ele era gentil consigo e com a vida. Todos passamos por situações complicadas. Somos ludibriados, destratados e, muitas vezes, até mal amados. Sofremos com a falta de dinheiro, temos preocupações com a nossa saúde, com a saúde dos filhos, dos nossos pais, do nosso cachorro. Entretanto, o que difere o ser gentil é que ele não coloca seus problemas no centro do mundo e nem acha que todos têm que parar com suas vidas porque ele não está bem. O verdadeiro entendedor da gentileza sabe ser suave com o outro, percebe que somos interligados por algo maior que nossos próprios interesses, que as relações humanas são pétalas de uma mesma flor. Ainda hoje, embora tenham se tornado espécimes raros, diz a lenda que, quando vistos, são facilmente reconhecíveis. São aqueles que nos olham verdadeiramente nos olhos, que, quando íntimos, nos dão abraços apertados, que cumprem suas promessas e que não pensam antes de se levantar e oferecer seu lugar no banco. O ser gentil é naturalmente educado, pois valoriza o outro como pessoa. Sabe que respeito é afeto, que delicadeza é cuidado e que toda gentileza é uma declaração de amor.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Licões....

Licélia Motta Aos 90 anos, Regina Brett escreveu as grandes lições do seu envelhecimento: 1. A vida não é justa, mas ainda é boa. 2. Quando estiver em dúvida, dê somente, o próximo passo, pequeno. 3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém. 4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato. 5. Pague mensalmente seus cartões de crédito. 6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar. 7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho. 9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário. 10. Quanto a chocolate, é inútil resistir. 11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente. 12. É bom deixar suas crianças verem que você chora. 13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles. 14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele. 15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca. 16. Respire fundo. Isso acalma a mente. 17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre. 18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte. 19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais. 20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta. 21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use lingerie chique. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial. 22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo. 23. Seja excêntrica agora. Não espere pela velhice para vestir roxo. 24. O órgão sexual mais importante é o cérebro. 25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você.. 26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?' 27. Sempre escolha a vida. 28. Perdoe tudo de todo mundo. 29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta. 30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.. 31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará. 32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso. 33. Acredite em milagres. 34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez. 35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora. 36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem. 37. Suas crianças têm apenas uma infância. 38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou. 39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares. 40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta. 41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa. 42. O melhor ainda está por vir. 43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça. 44. Produza! 45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A leveza é a irmã da gratidão

25.05.2015 | Texto: Nina Lemos |http://revistatpm.uol.com.br/revista/152/badulaque/a-leveza-e-a-irma-da-gratidao.html
Para ser uma pessoa bacana hoje em dia você tem que sentir muita gratidão. Mas, para ter gratidão, você tem que ser leve. E, para ser leve, você tem que sentir gratidão. Entenderam? Nem a gente! "Leveza, encarar a vida sem medo, sem se prender a mágoas e rancores, sem carregar dores do passado, caminhar com alegria." "É muito bom agradecer, pois este ato nos traz leveza para a alma." Essas frases foram tiradas daquelas imagens de autoajuda que a gente coloca no Facebook (a gente não, mas alguém na timeline com certeza). Leveza é uma das palavras do momento. De uns meses para cá todas as pessoas começaram a escrever a palavra gratidão em fotos de pôr do sol, malhação, família, gato, cerveja… E agora , além de gratas, elas são leves também. Segundo o dicionário Michaelis, leveza significa: "1. Qualidade de leve. 2. Levianidade. 3. Superficialidade. 4. Falta de tino ou de reflexão. Antôn. (acepção 4): prudência". Mas o dicionário informal já gourmetizou a leveza e agora ela significa: "Qualidade do que é leve, pouco espesso, pouco pesado, pouco maciço: a leveza de uma pluma, do alumínio". Quer ser leve "como uma pluma?", então sinta muita gratidão. E pra ser grato? Sei lá, tenta o pôr do sol. Mas em todo o caso: #leveza #gratidão #foco #paz

sábado, 11 de abril de 2015

Se o amor da minha vida não chegar

Por Marcela Picanço Se o amor da minha vida não chegar, vou publicar todos os meus casos de amor. Em de-ta-lhes. E vão ser vários. Vou chorar pitangas com as amigas, fazer brigadeiro, depois vou pra academia e pintar o cabelo de loiro. Vou odiar tanto a cagada que o cabeleireiro fez que nem vai dar tempo de lembrar quem era esse otário que me fez chorar. Vou fazer hidratação e vou voltar a ter meu cabelo castanho de sempre, só que com um pouco menos de brilho porque não há cabelo que sustente uma água oxigenada. Vou comprar batons de várias cores chamativas e misturar com roupas de cores diferentes. Até azul eu vou comprar. Vai que eu resolvo me fantasiar de alguma coisa… Vou alugar um apartamento só meu. E vou pintar uma das paredes de vermelho. Vou começar a decorar pelos quadros. Vão ser fotos do Oprisco por todos os lados. E fotos das minhas diversões ao longo da vida. Eu vou ter uma cama de casal pra poder levar quem eu quiser. E o lençol tem que ser branco. Não vou precisar decidir se vou casar ou comprar uma bicicleta. Eu vou comprar uma bicicleta e pronto. Minha casa sempre vai ter gente, mas alguns dias eu vou preferir ficar sozinha lendo um livro e tomando um bom vinho. Em outras noites vou tomar leite com nescau vestida com meu casaco de lã. Vou ver “Como perder um homem em 10 dias” pela décima vez e dormir antes de chegar o final, que é a parte mais previsível. Outras noites eu vou ficar no redbull porque vou ter alguns textos para entregar e outros para decorar. Vou chegar sempre por volta das 23h, porque eu vou estar envolvida em vários projetos artísticos e sempre envolvida com várias pessoas. A noite é feita para aqueles que ainda não encontraram o amor da vida, então eles vão distribuir esse amor com um monte de gente por aí. Vou continuar tendo meus inúmeros casinhos, mas sempre vai ter um que tira minha noite de sono, seja rolando na cama ou porque estou desabafando sobre ele com uma amiga ou com o Word. Depois vai passar e eu vou me apaixonar de novo e de novo. E eu não vou ter problema em conhecer outro cara incrível em uma viagem que eu fizer sozinha, porque meu coração vai ser só meu. Eu vou viajar quinta à noite sem avisar ninguém (só meu chefe), porque um amigo conseguiu alugar uma casa aqui pertinho. Eu vou juntar grana, fazer um mochilão pela América Latina, porque Europa já tá batido, por mais que eu nunca tenha conhecido a Europa. Eu vou querer me mudar pra Ásia quando eu conhecer o cara dos meus sonhos que vai se mudar pra lá. Vou fazer todos os planos, até que um dia, sem querer, eu vou ter uma noite maravilhosa com outro rapaz e aí a Ásia pode ficar pra depois. Todos os dias vão ser diferentes porque nunca fui muito de rotina. Sexta eu vou chamar minhas amigas pra fazer uma comida diferente em casa enquanto a gente espera a cerveja gelar. Domingo eu vou fazer um almoço para aqueles que eu mais gosto, depois vou ao cinema assistir um filme cult que eu não entenda nada. Em outro fim de semana eu vou sair pra dançar, tomar uns drinks diferentes e voltar pra casa sozinha, mas com o coração cheio, porque sair só pra dançar é uma das coisas que me deixam mais completa. Por mais que nenhum cara acredite, uma das coisas que as mulheres mais gostam de fazer é sair SÓ pra dançar. A gente gosta de se sentir bonita, viva, feliz e desejada, mas isso não quer dizer que queremos sair de lá com um cara qualquer. Um cara qualquer não substitui a felicidade de dormir sozinha até meio dia porque passou a noite dançando suas musicas preferidas junto com suas amigas preferidas. Isso também não quer dizer que a gente não ligue para sexo. Até porque eu ligo bastante. Mas entre sexo meia boca e uma boa noitada suando a camiseta, eu fico com a segunda opção. É muito bom se sentir desejada, mas ao mesmo tempo não sentir desejo por ninguém. Em outros fins de semana eu vou pra praia cedinho, vou fazer suco verde e fingir pra mim mesma que agora eu virei saudável. E já que um grupo de amigos legais é tudo que uma pessoa solteira precisa, é com eles que vou dividir meus dias, por mais que todos comecem a se casar. Vou estudar fora. Em qualquer lugar que pintar uma oportunidade de fazer arte. Depois vou passar um tempo morando em San Francisco, porque dizem que lá é a minha cara eu quero me entupir de conhecimento, cerveja e de pessoas que aquecem o coração. Enfim, vou descobrir que de nada vale encontrar o amor da vida se eu não viver o melhor da vida comigo mesma. Então, se ele não chegar, eu vou viver minha vida como eu sempre vivi, sem esperar um feliz para sempre e investindo no feliz agora. Vai ter espaço pra muito amor, por mais que eu me sinta sozinha alguns dias, por mais que me olhem com cara de pena, por mais que achem que eu me envolva com várias pessoas para preencher esse vazio. Mas não tem vazio nenhum, é só muito amor pra dar e pouca vida pra ser desperdiçada. E se por um acaso isso de amor da vida existir, eu vou saber quando ele chegar porque eu não vou precisar abrir mão de nada disso.

terça-feira, 31 de março de 2015

Recalculando a rota!

Conheci alguns deles pessoalmente em São Paulo e meu coração se encheu de amor. Hoje pude voltar às minhas reflexões semanais e vir aqui apertar mais um botãozinho em você! rsrs O assunto foi motivado por um comentário de uma amiga. Estávamos as duas assistindo a uma entrevista sobre uma classificação específica de tipos psicológicos. E o cara falou bonito, usou palavras difíceis, termos grandiloquentes... e no final as duas se olharam e disseram: hein? Não entendi absolutamente nada. Se eu fosse uma pessoa insegura quanto a minha inteligência, automaticamente ficaria com vergonha de mim mesma e diria: poxa, eu que sou burra. O negócio é que, pra mim, COMUNICAR é fazer-se compreender. É descomplicar o que parece complicado e não o contrário. É claro que se pode usar palavras rebuscadas, desde que elas façam parte da sua forma de se expressar, e em um contexto que faça sentido. Mas verborragia não é comunicação. Não dá pra ir jogando aleatoriamente vocábulos ao vento para tentar ficar bem na fita porque o efeito, para qualquer pessoa que não seja insegura, será o oposto. Às vezes as coisas mais simples são as mais difíceis de se alcançar! E eu acho que inteligente mesmo é quem consegue colocar conceitos complexos de forma fácil, para que qualquer pessoa entenda. Quando eu aprendi storytelling (contação de histórias) para marcas e empresas, um dos meus mentores me disse: Alana, se você não conseguir explicar este projeto para uma criança de sete anos, é porque você não o entendeu ainda! Desde então, uso essa regra! E hoje eu consigo explicar física quântica para crianças de sete anos! É claro que existem ideias mais complexas, e elas têm sua beleza. Mas complicar coisas simples para parecer inteligente é, pra mim, o maior atestado de burrice. Muita gente faz isso para disfarçar a sua falta de compreensão das coisas. Muita gente faz isso porque ainda não entendeu direito! E eu só estou falando tudo isso para que a próxima vez que algo do gênero acontecer com você, seu questionamento não seja a sua burrice, e sim a inteligência alheia. Não tenha vergonha de questionar! Seja a criança de sete anos que precisa de melhores explicações. Garanto que assim você terá mais respeito do que se fingir entender algo que não faz sentido (e a pessoa sabe disso!). Essa é a reflexão semanal que eu proponho! Um beijo insólito! (bota no google, poxa! hahaha) Alana PS: Queria dar uma satisfação para todas as pessoas que me procuram querendo o livro "Recalculando a rota"! As livrarias estão me ligando. Tá uma loucura! Gente... A editora disse que ainda vai levar 3 meses para sair a segunda edição, acreditam? 3 MESESSSS!!! Mas olha só, vai sair realmente uma versão recauchutada. A vantagem de editoras grandes é que eles sabem o que estão fazendo, e eu botei fé de que será uma versão MELHOR. Mas se você já acabou com as suas unhas e PRECISA recalcular a rota, eu recomendo que compre meu ebook por enquanto. Custa menos de R$20, todo mundo lê em 2 ou 3 dias! E depois você vai até poder fazer uma análise crítica das duas versões! Que tal? Saia dessa nóia. Clique AQUI para recalcular sua rota já. Recalculando a Rota Alana Trauczynski .

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?

Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?


"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil".
Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido. 
Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração.Uma armadilha.
Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.
Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.
Dr. Drauzio Varela

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo o que um homem NÃO quer


05

Às vezes me flagro imaginando um homem hipotético que descreva assim a mulher dos seus sonhos:

“Ela tem que trabalhar e estudar muito, ter uma caixa de e-mails sempre lotada. Os pés devem ter calos e bolhas porque ela anda muito com sapatos de salto, pra lá e pra cá.

Ela deve ser independente e fazer o que ela bem entende com o próprio salário: comprar uma bolsa cara, doar para um projeto social, fazer uma viagem sozinha pelo leste europeu. Precisa dirigir bem e entender de imposto de renda.

Cozinhar? Não precisa! Tem um certo charme em errar até no arroz. Não precisa ser sarada, porque não dá tempo de fazer tudo o que ela faz e malhar.

Mas acima de tudo: ela tem que ser segura de si e não querer depender de mim, nem de ninguém.”

Pois é. Ainda não ouvi esse discurso de nenhum homem. Nem mesmo parte dele. Vai ver que é por isso que estou solteira aqui, na luta.

O fato é que eu venho pensando nisso. Na incrível dissonância entre a criação que nós, meninas e jovens mulheres, recebemos e a expectativa da maioria dos meninos, jovens homens,  homens e velhos homens.

O que nossos pais esperam de nós? O que nós esperamos de nós? E o que eles esperam de nós?

Somos a geração que foi criada para ganhar o mundo. Incentivadas a estudar, trabalhar, viajar e, acima de tudo, construir a nossa independência. Os poucos bolos que fiz na vida nunca fizeram os olhos da minha mãe brilhar como as provas com notas 10. Os dias em que me arrumei de forma impecável para sair nunca estamparam no rosto do meu pai um sorriso orgulhoso como o que ele deu quando entrei no mestrado. Quando resolvi fazer um breve curso de noções de gastronomia meus pais acharam bacana. Mas quando resolvi fazer um breve curso de língua e civilização francesa na Sorbonne eles inflaram o peito como pombos.

Não tivemos aula de corte e costura. Não aprendemos a rechear um lagarto. Não nos chamaram pra trocar fralda de um priminho. Não nos explicaram a diferença entre alvejante e água sanitária. Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.

Mas nos ensinaram esportes. Nos fizeram aprender inglês. Aprender a dirigir. Aprender a construir um bom currículo. A trabalhar sem medo e a investir nosso dinheiro.  Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.

Mas, escuta, alguém  lembrou de avisar os tais meninos que nós seríamos assim? Que nós disputaríamos as vagas de emprego com eles? Que nós iríamos querer jantar fora, ao invés de preparar o jantar? Que nós iríamos gostar de cerveja, whisky, futebol e UFC? Que a gente não ia ter saco pra ficar dando muita satisfação? Que nós seríamos criadas para encontrar a felicidade na liberdade e o pavor na submissão?

Aí, a gente, com nossa camisa social que amassou no fim do dia, nossa bolsa pesada, celular apitando os 26 novos e-mails, amigas nos esperando para jantar, carro sem lavar, 4 reuniões marcadas para amanhã, se pergunta “que raio de cara vai me querer?”.

“Talvez se eu fosse mais delicada… Não falasse palavrão. Não tivesse subordinados. Não dirigisse sozinha à noite sem medo. Talvez se eu aparentasse fragilidade. Talvez se dissesse que não me importo em lavar cuecas. Talvez…”

Mas não. Essas não somos nós. Nós queremos um companheiro, lado a lado, de igual pra igual. Muitas de nós sonham com filhos. Mas não só com eles. Nós queremos fazer um risoto. Mas vamos querer morrer se ganharmos um liquidificador de aniversário. Nós queremos contar como foi nosso dia. Mas não vamos admitir que alguém questione nossa rotina.

O fato é: quem foi educado para nos querer? Quem é seguro o bastante para amar uma mulher que voa? Quem está disposto a nos fazer querer pousar ao seu lado no fim do dia? Quem entende que deitar no seu peito é nossa forma de pedir colo? E que às vezes nós vamos precisar do seu colo e às vezes só vamos querer companhia pra um vinho? Que somos a geração da parceria e não da dependência?

E não estou aqui, num discurso inflamado, culpando os homens. Não. A culpa não é exatamente deles. É da sociedade como um todo. Da criação equivocada. Da imagem que ainda é vendida da mulher. Dos pais que criam filhas para o mundo, mas querem noras que vivam em função da família.

No fim das contas a gente não é nada do que o inconsciente coletivo espera de uma mulher. E o melhor: nem queremos ser. Que fique claro, nós não vamos andar para trás. Então vai ser essa mentalidade que vai ter que andar para frente. Nós já nos abrimos pra ganhar o mundo. Agora é o mundo tem que se virar pra ganhar a gente de volta.

RUTH MANUS, PUBLICADO EM: http://blogs.estadao.com.br/ruth-manus