quarta-feira, 1 de julho de 2015

Se for para esperar , espere sentada: Uma reflexão sobre expectativas frustradas!!!

Por Maria Cristina Ramos Brito
No consultório, têm se tornado comuns as queixas sobre o comportamento dos outros, da falta de compromisso à traição, de coisas banais como não retornar ligações a atitudes mais sérias, como desfazer relacionamentos pela internet, em tempos modernos, esse outro parece sempre estar pronto a nos decepcionar. Em relações informais, porém não necessariamente superficiais, essas reclamações são recebidas com compreensão e manifestações de simpatia, acompanhadas de uma história semelhante, própria ou de outro alguém, afinal, quem nunca ficou na vontade, esperando retribuição? Mas, como psicóloga, minha abordagem vai bem além de um tapinha no ombro reconfortante. Para se compreender a frustração, é preciso começar com a pergunta: afinal, o que se espera da família, dos amigos, do mundo? Para refletir sobre questão tão ampla e profunda, vamos buscar os significados do verbo esperar. Lembrando da escola, na gramática, verbo pertence à classe de palavras que indicam ação. Mas como tudo na vida tem exceção, há verbos cuja ação é inação, no caso de esperar, quem espera tem esperança, mas não age, conta que algo aconteça ou se resolva, sem que seja um evento de que se tenha certeza, desejável, mas apenas provável. Quando não se quer fazer algo, diz-se ao outro: espere sentado. Então por que a decepção quando o que se espera não chega? Às vezes, porque ainda se acredita nas promessas da infância, de que quem espera sempre alcança. Ou por crenças de que pedir, reivindicar ou reclamar não são de bom-tom. Mas onde estão as razões de viver repetidos desapontamentos por promessas não cumpridas, seja pela vida que teima em não retribuir o bom comportamento, ou pelas pessoas, que não reconhecem a dedicação que lhes é dispensada? Muitas vezes nas expectativas alimentadas pela própria pessoa não apenas na intensidade das emoções, mas no tipo de relação de que pensa necessitar. Quantas fantasias são projetadas nos encontros, de que, se não correr tudo bem, dentro das expectativas, não terá valido a pena? E por que promessas não cumpridas por outrem são uma sentença de fracasso de quem a sofre? Quando se confunde o que se pensa com o que se sente e se se mistura com o outro, desfazendo fronteiras emocionais, promessa vira obrigação e se perde a perspectiva de que a vida é dinâmica e as pessoas mudam, inclusive e muito frequentemente, de ideia. Então, algumas pistas estão surgindo. Voltando à gramática, um verbo, usualmente, está ligado a um sujeito, que pratica ou sofre a ação. Como vimos, o sujeito que espera está na inação, dependendo de alguém que supra sua necessidade ou desejo, este o sujeito da ação. Se aquele que espera depende de quem faz ou dá, como pode exigir receber exatamente o que quer, se isso vai depender da vontade ou disposição do outro? Complicado, e mais ainda, fórmula para pequenas ou grandes decepções. Devemos, por isso, desistir de tudo e abrir mão das relações que, cedo ou tarde, podem nos entristecer, pelo não cumprimento de promessas? Não, basta aprender muitos verbos de ação e conjugá-los todo dia. Acredito que, desde o nascimento, temos a oportunidade de descobrir as chaves do mistério da existência, porque viver, afinal, é uma aventura, às vezes, divertida, outras, nem tanto. Seja como for, por mais que tenhamos companheiros de jornada, a viagem mais significativa é a que fazemos dentro de nós. E é ela que nos permitirá lidar melhor com expectativas, frustração e promessas, sem ficar preso a qualquer uma delas. Pode ser um grande amor, o emprego dos sonhos, a viagem longamente acalentada, se não se faz nada a respeito, o tempo passa e parece repetir: espere sentado. Porque para cada sonho que se queira realizar, há apenas um verbo que não deve ser conjugado: esperar.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Toda gentileza é uma declaração de amor

Toda gentileza é uma declaração de amor COLUNISTAS Josie Contijun 24, 2015 Por Josie Conti
Gentil é aquele que passa pela vida do outro, toca-o com leveza e marca-o onde ninguém mais pode ver. Lembro-me que, quando pequena, sempre saia com meu avô pela rua. Figura agradável e prestativa, não economizava sorrisos ou negava favores. Jamais o vi reclamando que alguém não pagou pelo seu trabalho ou que foi explorado. Brincava com as meninas da padaria, dava gorjeta, ajudava aos irmãos, aos filhos e mimava as netas. Quando trabalhava, fazia-o assoviando. O que o tornava tão especial e querido por todos? O que o mantinha nesse estado de equilíbrio com o ambiente? Gosto de pensar que ele era gentil consigo e com a vida. Todos passamos por situações complicadas. Somos ludibriados, destratados e, muitas vezes, até mal amados. Sofremos com a falta de dinheiro, temos preocupações com a nossa saúde, com a saúde dos filhos, dos nossos pais, do nosso cachorro. Entretanto, o que difere o ser gentil é que ele não coloca seus problemas no centro do mundo e nem acha que todos têm que parar com suas vidas porque ele não está bem. O verdadeiro entendedor da gentileza sabe ser suave com o outro, percebe que somos interligados por algo maior que nossos próprios interesses, que as relações humanas são pétalas de uma mesma flor. Ainda hoje, embora tenham se tornado espécimes raros, diz a lenda que, quando vistos, são facilmente reconhecíveis. São aqueles que nos olham verdadeiramente nos olhos, que, quando íntimos, nos dão abraços apertados, que cumprem suas promessas e que não pensam antes de se levantar e oferecer seu lugar no banco. O ser gentil é naturalmente educado, pois valoriza o outro como pessoa. Sabe que respeito é afeto, que delicadeza é cuidado e que toda gentileza é uma declaração de amor.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Licões....

Licélia Motta Aos 90 anos, Regina Brett escreveu as grandes lições do seu envelhecimento: 1. A vida não é justa, mas ainda é boa. 2. Quando estiver em dúvida, dê somente, o próximo passo, pequeno. 3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém. 4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato. 5. Pague mensalmente seus cartões de crédito. 6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar. 7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho. 9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário. 10. Quanto a chocolate, é inútil resistir. 11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente. 12. É bom deixar suas crianças verem que você chora. 13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles. 14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele. 15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca. 16. Respire fundo. Isso acalma a mente. 17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre. 18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte. 19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais. 20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta. 21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use lingerie chique. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial. 22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo. 23. Seja excêntrica agora. Não espere pela velhice para vestir roxo. 24. O órgão sexual mais importante é o cérebro. 25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você.. 26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?' 27. Sempre escolha a vida. 28. Perdoe tudo de todo mundo. 29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta. 30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.. 31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará. 32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso. 33. Acredite em milagres. 34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez. 35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora. 36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem. 37. Suas crianças têm apenas uma infância. 38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou. 39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares. 40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta. 41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa. 42. O melhor ainda está por vir. 43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça. 44. Produza! 45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A leveza é a irmã da gratidão

25.05.2015 | Texto: Nina Lemos |http://revistatpm.uol.com.br/revista/152/badulaque/a-leveza-e-a-irma-da-gratidao.html
Para ser uma pessoa bacana hoje em dia você tem que sentir muita gratidão. Mas, para ter gratidão, você tem que ser leve. E, para ser leve, você tem que sentir gratidão. Entenderam? Nem a gente! "Leveza, encarar a vida sem medo, sem se prender a mágoas e rancores, sem carregar dores do passado, caminhar com alegria." "É muito bom agradecer, pois este ato nos traz leveza para a alma." Essas frases foram tiradas daquelas imagens de autoajuda que a gente coloca no Facebook (a gente não, mas alguém na timeline com certeza). Leveza é uma das palavras do momento. De uns meses para cá todas as pessoas começaram a escrever a palavra gratidão em fotos de pôr do sol, malhação, família, gato, cerveja… E agora , além de gratas, elas são leves também. Segundo o dicionário Michaelis, leveza significa: "1. Qualidade de leve. 2. Levianidade. 3. Superficialidade. 4. Falta de tino ou de reflexão. Antôn. (acepção 4): prudência". Mas o dicionário informal já gourmetizou a leveza e agora ela significa: "Qualidade do que é leve, pouco espesso, pouco pesado, pouco maciço: a leveza de uma pluma, do alumínio". Quer ser leve "como uma pluma?", então sinta muita gratidão. E pra ser grato? Sei lá, tenta o pôr do sol. Mas em todo o caso: #leveza #gratidão #foco #paz

sábado, 11 de abril de 2015

Se o amor da minha vida não chegar

Por Marcela Picanço Se o amor da minha vida não chegar, vou publicar todos os meus casos de amor. Em de-ta-lhes. E vão ser vários. Vou chorar pitangas com as amigas, fazer brigadeiro, depois vou pra academia e pintar o cabelo de loiro. Vou odiar tanto a cagada que o cabeleireiro fez que nem vai dar tempo de lembrar quem era esse otário que me fez chorar. Vou fazer hidratação e vou voltar a ter meu cabelo castanho de sempre, só que com um pouco menos de brilho porque não há cabelo que sustente uma água oxigenada. Vou comprar batons de várias cores chamativas e misturar com roupas de cores diferentes. Até azul eu vou comprar. Vai que eu resolvo me fantasiar de alguma coisa… Vou alugar um apartamento só meu. E vou pintar uma das paredes de vermelho. Vou começar a decorar pelos quadros. Vão ser fotos do Oprisco por todos os lados. E fotos das minhas diversões ao longo da vida. Eu vou ter uma cama de casal pra poder levar quem eu quiser. E o lençol tem que ser branco. Não vou precisar decidir se vou casar ou comprar uma bicicleta. Eu vou comprar uma bicicleta e pronto. Minha casa sempre vai ter gente, mas alguns dias eu vou preferir ficar sozinha lendo um livro e tomando um bom vinho. Em outras noites vou tomar leite com nescau vestida com meu casaco de lã. Vou ver “Como perder um homem em 10 dias” pela décima vez e dormir antes de chegar o final, que é a parte mais previsível. Outras noites eu vou ficar no redbull porque vou ter alguns textos para entregar e outros para decorar. Vou chegar sempre por volta das 23h, porque eu vou estar envolvida em vários projetos artísticos e sempre envolvida com várias pessoas. A noite é feita para aqueles que ainda não encontraram o amor da vida, então eles vão distribuir esse amor com um monte de gente por aí. Vou continuar tendo meus inúmeros casinhos, mas sempre vai ter um que tira minha noite de sono, seja rolando na cama ou porque estou desabafando sobre ele com uma amiga ou com o Word. Depois vai passar e eu vou me apaixonar de novo e de novo. E eu não vou ter problema em conhecer outro cara incrível em uma viagem que eu fizer sozinha, porque meu coração vai ser só meu. Eu vou viajar quinta à noite sem avisar ninguém (só meu chefe), porque um amigo conseguiu alugar uma casa aqui pertinho. Eu vou juntar grana, fazer um mochilão pela América Latina, porque Europa já tá batido, por mais que eu nunca tenha conhecido a Europa. Eu vou querer me mudar pra Ásia quando eu conhecer o cara dos meus sonhos que vai se mudar pra lá. Vou fazer todos os planos, até que um dia, sem querer, eu vou ter uma noite maravilhosa com outro rapaz e aí a Ásia pode ficar pra depois. Todos os dias vão ser diferentes porque nunca fui muito de rotina. Sexta eu vou chamar minhas amigas pra fazer uma comida diferente em casa enquanto a gente espera a cerveja gelar. Domingo eu vou fazer um almoço para aqueles que eu mais gosto, depois vou ao cinema assistir um filme cult que eu não entenda nada. Em outro fim de semana eu vou sair pra dançar, tomar uns drinks diferentes e voltar pra casa sozinha, mas com o coração cheio, porque sair só pra dançar é uma das coisas que me deixam mais completa. Por mais que nenhum cara acredite, uma das coisas que as mulheres mais gostam de fazer é sair SÓ pra dançar. A gente gosta de se sentir bonita, viva, feliz e desejada, mas isso não quer dizer que queremos sair de lá com um cara qualquer. Um cara qualquer não substitui a felicidade de dormir sozinha até meio dia porque passou a noite dançando suas musicas preferidas junto com suas amigas preferidas. Isso também não quer dizer que a gente não ligue para sexo. Até porque eu ligo bastante. Mas entre sexo meia boca e uma boa noitada suando a camiseta, eu fico com a segunda opção. É muito bom se sentir desejada, mas ao mesmo tempo não sentir desejo por ninguém. Em outros fins de semana eu vou pra praia cedinho, vou fazer suco verde e fingir pra mim mesma que agora eu virei saudável. E já que um grupo de amigos legais é tudo que uma pessoa solteira precisa, é com eles que vou dividir meus dias, por mais que todos comecem a se casar. Vou estudar fora. Em qualquer lugar que pintar uma oportunidade de fazer arte. Depois vou passar um tempo morando em San Francisco, porque dizem que lá é a minha cara eu quero me entupir de conhecimento, cerveja e de pessoas que aquecem o coração. Enfim, vou descobrir que de nada vale encontrar o amor da vida se eu não viver o melhor da vida comigo mesma. Então, se ele não chegar, eu vou viver minha vida como eu sempre vivi, sem esperar um feliz para sempre e investindo no feliz agora. Vai ter espaço pra muito amor, por mais que eu me sinta sozinha alguns dias, por mais que me olhem com cara de pena, por mais que achem que eu me envolva com várias pessoas para preencher esse vazio. Mas não tem vazio nenhum, é só muito amor pra dar e pouca vida pra ser desperdiçada. E se por um acaso isso de amor da vida existir, eu vou saber quando ele chegar porque eu não vou precisar abrir mão de nada disso.

terça-feira, 31 de março de 2015

Recalculando a rota!

Conheci alguns deles pessoalmente em São Paulo e meu coração se encheu de amor. Hoje pude voltar às minhas reflexões semanais e vir aqui apertar mais um botãozinho em você! rsrs O assunto foi motivado por um comentário de uma amiga. Estávamos as duas assistindo a uma entrevista sobre uma classificação específica de tipos psicológicos. E o cara falou bonito, usou palavras difíceis, termos grandiloquentes... e no final as duas se olharam e disseram: hein? Não entendi absolutamente nada. Se eu fosse uma pessoa insegura quanto a minha inteligência, automaticamente ficaria com vergonha de mim mesma e diria: poxa, eu que sou burra. O negócio é que, pra mim, COMUNICAR é fazer-se compreender. É descomplicar o que parece complicado e não o contrário. É claro que se pode usar palavras rebuscadas, desde que elas façam parte da sua forma de se expressar, e em um contexto que faça sentido. Mas verborragia não é comunicação. Não dá pra ir jogando aleatoriamente vocábulos ao vento para tentar ficar bem na fita porque o efeito, para qualquer pessoa que não seja insegura, será o oposto. Às vezes as coisas mais simples são as mais difíceis de se alcançar! E eu acho que inteligente mesmo é quem consegue colocar conceitos complexos de forma fácil, para que qualquer pessoa entenda. Quando eu aprendi storytelling (contação de histórias) para marcas e empresas, um dos meus mentores me disse: Alana, se você não conseguir explicar este projeto para uma criança de sete anos, é porque você não o entendeu ainda! Desde então, uso essa regra! E hoje eu consigo explicar física quântica para crianças de sete anos! É claro que existem ideias mais complexas, e elas têm sua beleza. Mas complicar coisas simples para parecer inteligente é, pra mim, o maior atestado de burrice. Muita gente faz isso para disfarçar a sua falta de compreensão das coisas. Muita gente faz isso porque ainda não entendeu direito! E eu só estou falando tudo isso para que a próxima vez que algo do gênero acontecer com você, seu questionamento não seja a sua burrice, e sim a inteligência alheia. Não tenha vergonha de questionar! Seja a criança de sete anos que precisa de melhores explicações. Garanto que assim você terá mais respeito do que se fingir entender algo que não faz sentido (e a pessoa sabe disso!). Essa é a reflexão semanal que eu proponho! Um beijo insólito! (bota no google, poxa! hahaha) Alana PS: Queria dar uma satisfação para todas as pessoas que me procuram querendo o livro "Recalculando a rota"! As livrarias estão me ligando. Tá uma loucura! Gente... A editora disse que ainda vai levar 3 meses para sair a segunda edição, acreditam? 3 MESESSSS!!! Mas olha só, vai sair realmente uma versão recauchutada. A vantagem de editoras grandes é que eles sabem o que estão fazendo, e eu botei fé de que será uma versão MELHOR. Mas se você já acabou com as suas unhas e PRECISA recalcular a rota, eu recomendo que compre meu ebook por enquanto. Custa menos de R$20, todo mundo lê em 2 ou 3 dias! E depois você vai até poder fazer uma análise crítica das duas versões! Que tal? Saia dessa nóia. Clique AQUI para recalcular sua rota já. Recalculando a Rota Alana Trauczynski .

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?

Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?


"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil".
Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido. 
Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração.Uma armadilha.
Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.
Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.
Dr. Drauzio Varela

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo o que um homem NÃO quer


05

Às vezes me flagro imaginando um homem hipotético que descreva assim a mulher dos seus sonhos:

“Ela tem que trabalhar e estudar muito, ter uma caixa de e-mails sempre lotada. Os pés devem ter calos e bolhas porque ela anda muito com sapatos de salto, pra lá e pra cá.

Ela deve ser independente e fazer o que ela bem entende com o próprio salário: comprar uma bolsa cara, doar para um projeto social, fazer uma viagem sozinha pelo leste europeu. Precisa dirigir bem e entender de imposto de renda.

Cozinhar? Não precisa! Tem um certo charme em errar até no arroz. Não precisa ser sarada, porque não dá tempo de fazer tudo o que ela faz e malhar.

Mas acima de tudo: ela tem que ser segura de si e não querer depender de mim, nem de ninguém.”

Pois é. Ainda não ouvi esse discurso de nenhum homem. Nem mesmo parte dele. Vai ver que é por isso que estou solteira aqui, na luta.

O fato é que eu venho pensando nisso. Na incrível dissonância entre a criação que nós, meninas e jovens mulheres, recebemos e a expectativa da maioria dos meninos, jovens homens,  homens e velhos homens.

O que nossos pais esperam de nós? O que nós esperamos de nós? E o que eles esperam de nós?

Somos a geração que foi criada para ganhar o mundo. Incentivadas a estudar, trabalhar, viajar e, acima de tudo, construir a nossa independência. Os poucos bolos que fiz na vida nunca fizeram os olhos da minha mãe brilhar como as provas com notas 10. Os dias em que me arrumei de forma impecável para sair nunca estamparam no rosto do meu pai um sorriso orgulhoso como o que ele deu quando entrei no mestrado. Quando resolvi fazer um breve curso de noções de gastronomia meus pais acharam bacana. Mas quando resolvi fazer um breve curso de língua e civilização francesa na Sorbonne eles inflaram o peito como pombos.

Não tivemos aula de corte e costura. Não aprendemos a rechear um lagarto. Não nos chamaram pra trocar fralda de um priminho. Não nos explicaram a diferença entre alvejante e água sanitária. Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.

Mas nos ensinaram esportes. Nos fizeram aprender inglês. Aprender a dirigir. Aprender a construir um bom currículo. A trabalhar sem medo e a investir nosso dinheiro.  Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.

Mas, escuta, alguém  lembrou de avisar os tais meninos que nós seríamos assim? Que nós disputaríamos as vagas de emprego com eles? Que nós iríamos querer jantar fora, ao invés de preparar o jantar? Que nós iríamos gostar de cerveja, whisky, futebol e UFC? Que a gente não ia ter saco pra ficar dando muita satisfação? Que nós seríamos criadas para encontrar a felicidade na liberdade e o pavor na submissão?

Aí, a gente, com nossa camisa social que amassou no fim do dia, nossa bolsa pesada, celular apitando os 26 novos e-mails, amigas nos esperando para jantar, carro sem lavar, 4 reuniões marcadas para amanhã, se pergunta “que raio de cara vai me querer?”.

“Talvez se eu fosse mais delicada… Não falasse palavrão. Não tivesse subordinados. Não dirigisse sozinha à noite sem medo. Talvez se eu aparentasse fragilidade. Talvez se dissesse que não me importo em lavar cuecas. Talvez…”

Mas não. Essas não somos nós. Nós queremos um companheiro, lado a lado, de igual pra igual. Muitas de nós sonham com filhos. Mas não só com eles. Nós queremos fazer um risoto. Mas vamos querer morrer se ganharmos um liquidificador de aniversário. Nós queremos contar como foi nosso dia. Mas não vamos admitir que alguém questione nossa rotina.

O fato é: quem foi educado para nos querer? Quem é seguro o bastante para amar uma mulher que voa? Quem está disposto a nos fazer querer pousar ao seu lado no fim do dia? Quem entende que deitar no seu peito é nossa forma de pedir colo? E que às vezes nós vamos precisar do seu colo e às vezes só vamos querer companhia pra um vinho? Que somos a geração da parceria e não da dependência?

E não estou aqui, num discurso inflamado, culpando os homens. Não. A culpa não é exatamente deles. É da sociedade como um todo. Da criação equivocada. Da imagem que ainda é vendida da mulher. Dos pais que criam filhas para o mundo, mas querem noras que vivam em função da família.

No fim das contas a gente não é nada do que o inconsciente coletivo espera de uma mulher. E o melhor: nem queremos ser. Que fique claro, nós não vamos andar para trás. Então vai ser essa mentalidade que vai ter que andar para frente. Nós já nos abrimos pra ganhar o mundo. Agora é o mundo tem que se virar pra ganhar a gente de volta.

RUTH MANUS, PUBLICADO EM: http://blogs.estadao.com.br/ruth-manus

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Amor Ah sempre o amor....

Lourdes Pacheco Penso que as pessoas jamais deveriam condicionar o amor à idade, afinal não se conta tempo aos sentimentos. A melhor idade para amar é aquela em que nos dispomos a uma maior entrega e nos permitimos à sensação de enlevo, pois nada tem a ver com cronologia. Um amor romântico pode acontecer a qualquer momento desde que a pessoa se permita viver essas emoções. Claro que a forma de amar pode mudar com a idade, mas o importante é não se envolver em preconceitos e jamais acreditar que um sentimento tão único na vida do ser humano possa ser tido como ridículo. Depois de certa idade é normal que fatores como o companheirismo, a amizade e o desejo de se manter juntos sejam preponderantes. O amor na maturidade proporciona real felicidade, não exige grandes manifestações, não é avassalador. Todo o ardor da paixão é substituído pela calma, todo requinte pela simplicidade, porque o amor é simples e não exige perfeição. Essa inapetência pela perfeição constitui o amor maduro, é o olhar real que foge ao ideal em que se norteia a paixão. Na maturidade a pessoa se torna mais exigente. Os sentimentos são, na verdade, mais nítidos, ou seja, ou a pessoa quer ou não quer o outro. A convivência é muito mais harmônica e salutar quando não se projeta no outro a vontade própria, fruto das experiências vividas, no amor maduro a amizade é privilegiada. A escritora Lya Luft escreveu: “A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura.“.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Um homem visto por uma mulher

Um homem visto por uma mulher Publicado em 22 de julho de 2013 por Hugo Rodrigues Homens precisam passar segurança. Mas não precisa ser forte ou algo assim. Pode ser baixinho, gordinho e com pouco talento em artes marciais. Mas precisa passar segurança ao entrelaçar os dedos na gente como se ali gritasse que tudo vai dar certo. Homens precisam ter um colo paterno, mas saber que não são nossos pais. Homem é um misto de irmão mais velho ciumento, irmão mais novo implicante e primo safado da cidade grande. Homens têm que chegar no horário e esperar sem reclamar. Esqueça aquela ideia de que mulheres se vestem para outras mulheres olharem. Na verdade, eu demoro horas me arrumando exclusivamente para você. A ideia é que você não olhe para outras mulheres. Homem tem andar do lado de fora da calçada e nos levar em casa sempre. Seja de carro, moto, ônibus, taxi ou a pé. Mas é importante nos levar no portão, assim, por tradição clichê, sabe? As mulheres evoluíram, eu sei. Mas o cavalheirismo não saiu da moda não. E pelo que ando lendo por aí, nunca sairá. E não confunda cavalheirismo com homossexualidade. Há vários gays mal educados, também. Educação nada tem a ver com orientação sexual. Então, se você abrir a porta do carro, pedir para carregar os pesos e ceder o assento para qualquer mulher ou idoso não te faz um gay assumido. Isso é burrice. Homem tem que ter pegada. Mas não achar que pegada significa arrancar tufos do meu cabelo. Tem que saber apertar meu rabo de cavalo sem tirar nenhum fio dali. Vai por mim, homens que machucam demais na hora da transa não são excelentes bons de cama. Homem tem que ser atencioso, seja para perceber que cortamos dois dedos do cabelo ou para distinguir nossos gemidos de “tente mais um pouco” e de “não para, pelo amor de Deus”. Não me dê flores, chocolates, ursinhos de pelúcias ou etc. Me dê cartões. Escreva coisas estúpidas e bobas que me farão rir como uma criança. Depois disso, compre flores, chocolates e ursinhos. Você pode me dar um helicóptero todo rosa pink, com minhas iniciais na porta, mas se não tiver um cartãozinho surpresa com teus garranchos, não será a mesma coisa, entende? Homens não precisam ser um Fred Astaire, mas é importante nos tirar para dançar. Não pela dança, em si, mas pelo ato de nos carregar pela mão pelo salão. Nos exibir por aí como sua maior conquista. Homens que nos amam são ótimos. Mas, melhores ainda são os que têm orgulho de nos amar. Eu não gosto de futebol, mas se você quiser me levar para assistir ao jogo com seus amigos, eu vou gostar, entende? É como te levar para almoçar na casa dos meus avós. Pouco me importa a comida ou algo assim, o que eu quero é te aproximar da minha família e te mostrar aos meus parentes. Os homens quem leem são mais interessantes. E ser interessante vale mais do que olhos azuis e peitoral malhado. Não seja um chato replicador de frases do Caio Fernando Abreu ou coisa assim. Mas saiba declamar Fernando Pessoa ao pé do meu ouvido como se você mesmo tivesse escrito aqueles versos pensando em mim. É como não saber cantar, mas esforçar-se para cantar aquele refrão bonito dos Los Hermanos e dizer que lembra de mim toda vez que ouve, sabe? Surpresa sempre são bem-vindas. Seja por um cartão bonitinho ou por aquela trufa de marula que você sabe que sou apaixonada. Entenda que presentes não são o preço que custaram. Como próprio nome já diz, presentes são para fazer presença. Então, cada vez mais que eu fizer presença em tua vida, saberei que faço parte dos teus dias, também. Em dias nublados, homens têm que sair com casacos mesmo que não esteja sentindo frio. Hormonalmente, mulheres sentem mais frios do que os homens, então o seu casaco extra será importante nesses momentos. Mas não se esqueça de nos abraçar, também. Melhor do que casaco de lã é par de braços perfumados. Homens precisam ser simpáticos. Mas nada de muito sorrisinho para qualquer vadiazinha em rede social. Nem solícito demais a ex-namoradas. Ter ciúmes é legal. Mas nada em exagero. Implique com meus decotes ou com meus vestidos curtos. Mas como quem cuida, não como quem ordena. Sorria dos meus ciúmes, mas sem deboche. E me faça sorrir, também. Homens precisam saber nos fazer sorrir – mesmo que não sejam exímios contadores de piada. Mas é de extrema importância nos fazer sorrir. Seja por cócegas, por caretas, por se sujar ao lavar a louça ou por comprar o box de The Big Theory. Mas me faça sorrir. Entendam que a porta do coração das mulheres está nas gargalhadas que ela dá ao seu lado. Sobre Hugo Rodrigues Escritor, carioca e autor do romance “Um Sorriso de Oito Graus na Escala Richter”. Fã do Capitão Planeta e da Zooey Deschanel, aprendeu na marra que ser romântico é não ter pudor como quem se ama. Atualmente publica seus contos e trechos dos novos livros na página: www.facebook.com/fanpagehr

domingo, 31 de agosto de 2014

Como adestrar pessoas

Convencer alguém a fazer tudo que você quer não requer talento nem má-fé - é pura ciência. Há décadas, psicólogos e publicitários estudam o que há por trás de pessoas persuasivas, e o resultado são dicas práticas e simples, que qualquer um pode seguir. Você, que é um leitor curioso e inteligente, não vai perder a chance de conhecer as mais modernas e exclusivas técnicas para domar pessoas, vai? Não, não responda ainda. Vire a página e leia 10 dicas inéditas. O quê? Achou pouco? Então só hoje, e só para você, preparamos inacreditáveis 28 (isso mesmo, 28!) maneiras infalíveis de convencer alguém. Boa leitura!

Como fazer uma venda
Papagueie - Observe as palavras e a linguagem corporal do cliente. Imite-as. Se ele está procurando um "carro bacana", é exatamente um carro bacana que você vai oferecer - de preferência, acompanhado do mesmo gesto que ele usou. As chances de as duas partes chegarem a um acordo quando há imitação é até 5 vezes maior.

Menos é mais

5 a 10 opções - Esse é o número máximo de possibilidades que devem ser oferecidas aos clientes. Acima disso, o freguês acha a escolha frustrante.

Os outros
Ressalte como o produto é popular e quem já o comprou. Pessoas costumam seguir a maioria. A explicação é evolutiva: quem segue o grupo tem mais chances de ser socialmente aceito.

Não chore mais
33% a menos: é isso que você vai cobrar, se estiver triste. Da mesma maneira, clientes tristes pagam até 30% a mais.

Fofoque
Dê ao freguês uma informação exclusiva que indique escassez, como "esse é o último que tenho no estoque" ou: não perca amanhã o preço vai subir

Certa vez, um importador de carnes americano aumentou a procura por bife australiano em 600% apenas divulgando que o produto iria faltar - e que ninguém além dele sabia disso.



Como ser bem relacionado no trabalho


Sinceridade é (quase)tudo
Nada como admitir uma pequena falha, para então se autopromover. "Sou um pouco ansioso, mas tenho muita experiência." Frases assim passam a impressão de que você é honesto e confiável. Atenção: Isso só funciona se suas qualidades foram maiores do que seus defeitos.

Apele para a vaidade

Mesmo aquele colega insuportável costuma ter alguma qualidade. Pode ser um corte de cabelo legal ou o jeito carinhoso com que ele trata o filho. Procure algo que você genuinamente admira e diga a ele. Na próxima vez, ele será mais gentil.

Por escrito
Você depende da ajuda de um colega escorregadio para terminar o serviço? Consiga que ele se comprometa com você por escrito. Pode ser um simples e-mail. Desse jeito, a chance de ele cumprir o combinado é até 3x maior.

Seduza o inimigo
Para ser diplomático com aquele colega que não vai com a sua cara, basta pedir um favor a ele. Parece estranho, mas a tática foi comprovada cientificamente: vemos com mais simpatia aquela pessoa a quem já ajudamos.



Pequenas táticas para o dia-a-dia

Use Post-its
Peça um favor a alguém por escrito e cole um Post-it na frente, com um recado simpático. A chance de você ser atendido é até 2 vezes maior do que sem o adesivo.

Telemarketing
Agora os atendentes de telemarketing estão na sua mão. Se você precisa cancelar seu cartão de crédito e não quer esperar horas na linha, faça o seguinte: primeiro, ligue e peça uma informação simples. Quando o atendente responder, agradeça-lhe efusivamente e diga que vai elogiá-lo para o supervisor. Em seguida, diga que precisa cancelar seu cartão. Para não perder seu elogio, o atendente vai se esforçar em dobro.

Viva o Xará
Você se chama Roberto Oliveira? Então tente convencer um Roberto Pereira. "Nos sentimos especialmente atraídos a pequenas coisas que associamos conosco, como nosso nome", diz Robert Cialdini, professor da Universidade do Arizona. Essa atração até já foi calculada: pessoas com nomes parecidos com o seu têm 2 vezes mais chance de convencer você.



Como seduzir qualquer pessoa

Para os homens*

Pavão
Vista uma roupa chamativa. Se você for baixinho, use um chapéu ou sapatos de sola grossa. Mulheres preferem os altos.

Papinho

Escolha uma mulher numa roda. Puxe papo com frases curiosas: "Vocês viram a briga lá fora?" ou "Tenho um amigo que foi traído. Ele deve perdoá-la?"

Dê um gelo
Psicólogos provaram que pessoas odeiam sentir que estão sendo persuadidas. Por isso, não demonstre interesse no seu alvo. Faça elogios esquisitos: "Suas mãos são lindas, mas um pouco masculinas" ou "Que saia bonita. Acabei de ver uma mulher com uma igual". Ela não vai entender nada. "Pessoas inacessíveis são diabolicamente sedutoras; queremos ser aquele que vai derrubá-las", escreve o autor americano Robert Greene no livro A Arte da Sedução.

Vá Passear

Por último, o bote. Quando ela menos esperar, chame-a de lado para conversar. Feliz com a atenção, ela não vai recusar.

Para as mulheres*

Olhar 43
"Quando uma mulher está interessada, bastam 2 olhadas para o mesmo rapaz para ele saber que tem chance", diz Kevin Hogan, escritor americano, especialista em persuasão. O melhor é frequentar lugares escuros: cientistas provaram que homens se sentem atraídos por pupilas bem grandes.

Chame na chincha
Se a vítima não puxar assunto, faça você o primeiro contato. Use a mesma tática dos homens.

Surpreenda o alvo
Deixe o seu alvo intrigado com sua conversa misteriosa. Se você faz o tipo intelectual, conte uma piada suja. Se fizer o tipo bonequinha, mostre que há um lado cruel em você. Ele não vai resistir.



Como pedir um favor

Bondade interesseira
Alguns dias antes de pedir o favor, faça um agrado para a pessoa que vai ajudá-lo. Pague o almoço ou dê uma carona, por exemplo.

Ele é superior

Na hora de fazer o pedido, posicione-se um pouco abaixo do seu amigo, de maneira que ele o olhe por cima.

Não respire
"Peça o favor sem parar de falar e sem dar oportunidade para a pessoa responder até você completar o pedido", diz o especialista Kevin Hogan. Algo assim: Vocêpoderiaficarcomomeucachorro enquantoeuestiverviajando,porfavor?

Me dê motivo

Tim Maia tinha razão. Se você emendar um motivo ao seu pedido e explicar por que você precisa daquele favor, as chances de ele ser atendido podem ser 2 ou 3 vezes maior.

Comece pequeno

Se você precisa de um grande favor, peça primeiro algo banal. Aí aumente aos poucos. Por exemplo, primeiro peça uma carona para uma festa. No carro, pergunte se seu amigo também não pode levá-lo embora. E no fim da noite mencione sua namorada - que vai junto. Seu amigo não vai recusar porque tinha se comprometido com você. Atenção: a tática irrita as pessoas.

Como adestrar sua cara-metade

De acordo com a escritora americana Amy Sutherland, namorados(as) podem ser adestrados(as) como animais. A regra é clara: recompense tudo que seu parceiro fez de legal e ignore as partes irritantes. Seu marido costura os outros carros no trânsito e ainda xinga os motoristas? Ignore-o. Não brigue, não fique magoada, não faça joguinhos. De preferência, não mexa um só músculo. Sua namorada aprendeu que não vale a pena começar uma discussão tarde da noite? Então a recompense, diga "muito obrigado" e sorria de leve. Essa tática serve para ensinar um babuíno a andar de skate - e ensinou o marido de Amy a não deixar roupa suada em cima do tapete.



Dicas

- A recompensa tem de ser proporcional à ação. Não se derrame em beijos e elogios se ele só levou o lixo pra fora.

- A recompensa tem de ser imediata. Se chegar atrasada, seu parceiro não vai entender o elogio.

- Se a intenção foi boa, mas o resultado não, ignore a tentativa. Sua namorada diz que vai parar de fumar? Então ela só merece elogios quando nunca mais fumar.

Fonte: O Jogo, Neil Strauss



Para saber mais

Yes! - 50 Scientifically Proven Ways to Be Persuasive
Robert B. Cialdini, Free Press, 2008.



terça-feira, 19 de agosto de 2014

O segredo da “melhor” idade

O segredo da “melhor” idade Quando queremos dar o bote, a criatura não quer experiência. Quer barriguinha de tanque WALCYR CARRASCO Estou farto de ouvir que não importa a idade, e sim o espírito. Há uma grande vantagem após os 60: entrar nas filas preferenciais de aeroportos, bancos etc. Aliás, nem sempre. Muitas dessas filas demoram mais que as comuns, justamente porque os aquinhoados pela tal melhor idade, como eu, às vezes se tornam lentos e confusos, como também já devo estar me tornando. Uma vantagem extra é pegar ônibus gratuitamente, embora muitos motoristas acelerem e passem do ponto, quando contemplam alguém remotamente idoso. Certamente, o espírito conta. Eu mesmo já escrevi que a gente chega aos 60 com o coração de 18. Mas exagerei um pouco. Numa rave, dá para encontrar um bando de sessentões, ou mais velhos? Existe propaganda de xampu com senhoras além dos 60 – a não ser que seja do tipo que dá brilho a cabelos tingidos? Claro, a idade tem vantagens. A maior delas é a experiência. Que se torna quase inútil quando a gente quer dar o bote em alguém mais jovem. A criatura em questão não procura experiência, mas barriguinha de tanque. O maior orgulho de quem envelhece é ser confundido com alguém de menor idade. Meu sonho é ser barrado na fila preferencial do aeroporto e ter de mostrar a identidade. Algumas pessoas gentis dizem que não aparento meus 62. Esperançosamente, pergunto: – Quanto pareço? – Ah, uns 59. Nada contra envelhecer. Gostei de chegar à idade que tenho, de viver as experiências que vivi e de ainda ter fôlego para algumas inéditas. Irrita o esforço da sociedade para exaltar a juventude e, em consequência, tentar me convencer de que velhice não existe, que é... como é mesmo? Ah, sim, uma questão de espírito! Amigos que jogavam futebol botam próteses nos joelhos. Um deles teve de trocar até o quadril. Foi passar o Ano-Novo na minha casa da praia. Quis pular as sete ondinhas. Ele foi também. Ainda aconselhei: – Cuidado, você acaba de operar a perna. – Tá tudo bem – respondeu, corajosamente. Pulou as ondinhas, e a outra perna estropiou-se. Agora precisa operar também. Se tivesse 20 anos, isso teria acontecido? No passado, era mais fácil envelhecer, porque os casamentos duravam, e ex-apaixonados se tornavam companheiros de vida, cuidavam de filhos, netos, sobrinhos. Hoje, um dos dois se cansa dos resmungos conjugais, do mau humor inerente a todo casamento bem-sucedido. Separam-se e voltam ao mercado. Se isso aconteceu com você ou alguém próximo, é preciso ter em mente que só terá sucesso como fetiche. Não é qualquer um que se interessará por sua figura fora de forma. Só alguém com fetiche em quem tem mais idade. Para sorte do povo geriátrico, há garotões loucos por mulheres mais velhas, beldades de 20 anos apaixonadas por sessentões – ou pelo barco deles, mas, a certa altura da vida, é melhor fechar os olhos e ser um pouco cínico. A velhice não é a melhor idade. A mais divertida sem dúvida é a juventude, anterior aos compromissos da vida. Mas pode ser boa. Principalmente para quem não se engana. Eis a opção: ou se escolhe ficar com o rosto igual a uma uva-passa, ou se faz plástica, se põe Botox, preenchimento. Aconselho a usar o que a medicina oferece. Plástica não rejuvenesce de verdade. Você apenas fica com a cara de uma sessentona plastificada. Repuxada. Desde que ainda possa fechar os olhos, é melhor do que deixar as rugas chegar, pois elas não funcionam nem como fetiche. Preenchimento nos lábios pode deixá-la igual a um peixe-boi. E Botox em todos os lugares realmente necessários manterá seus olhos arregalados e impedirá qualquer expressão de alegria e tristeza. Mesmo que você ganhe na Mega Sena, conseguirá no máximo arquear levemente a sobrancelha para demonstrar sua felicidade. Sei que parte da categoria médica se rebelará contra essas frases. Mas toda festa do Oscar me prova que não há solução. Antigos ídolos de Hollywood que dispõem de milhões de dólares para se retocar – e ganhariam mais ainda se conseguissem –, quando são homenageados, parecem saídos de um filme de terror, com a cara esticada a ponto de perder a voz. Se nem eles conseguem, por que eu conseguiria? Prefiro não fingir. Estou envelhecendo. Genética, por melhor que seja, não faz milagre. A vida ainda pode ser boa assim. Pelo menos, a experiência e a sabedoria tão faladas ajudam a adquirir certa paz. Não mentir para si mesmo, esse é o segredo da melhor idade.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

"O que a memória ama, fica eterno"

"O que a memória ama, fica eterno"

(Texto também publicado no jornal "A Folha de São Carlos", edição 13.723, 12 e 13/10/2012, pág 02)

 Quando eu era pequena, não entendia o choro solto de minha mãe ao assistir a um filme, ouvir uma música ou ler um livro.
 O que eu não sabia é que minha mãe não chorava pelas coisas visíveis. Ela chorava pela eternidade que vivia dentro dela e que eu, na minha meninice, era incapaz de compreender.
 O tempo passou e hoje me emociono diante das mesmas coisas, tocada por pequenos milagres do cotidiano.

 É que a memória é contrária ao tempo. Nós temos pressa, mas é preciso aprender que a memória obedece ao próprio compasso e traz de volta o que realmente importou, eternizando momentos. 

 Crianças têm o tempo a seu favor e a memória muito recente. Para elas, um filme é só uma animação; uma música, só uma melodia. Ignoram o quanto a infância é impregnada de eternidade.

 Diante do tempo envelhecemos, nossos filhos crescem, muita gente se despede. Porém, para a memória ainda somos jovens, atletas, amantes insaciáveis. Nossos filhos são nossas crianças, os amigos estão perto, nossos pais ainda são nossos heróis. 

 A frase do título é de Adélia Prado: "O que a memória ama, fica eterno". Quanto mais vivemos, mais eternidades criamos dentro da gente. 
 Quando nos damos conta, nossos baús secretos_  porque a memória é dada a segredos _ estão recheados daquilo que amamos, do que deixou saudade, do que doeu além da conta, do que permaneceu além do tempo.

 Um dia você liga o rádio do carro e toca uma música qualquer, ninguém nota, mas aquela música já fez parte de você _  foi a trilha sonora de um amor, embalou os sonhos de uma época ou selou uma amizade verdadeira  _ e mesmo que os anos tenham se passado, alguma parte de você se perde no tempo e lembra alguém, um momento ou uma história.

 Ao reencontrar amigos da juventude nos esquecemos que somos adultos e voltamos a nos comportar como meninos cheios de inocência, amor e coragem.

 Do mesmo modo, perto de nossos pais seremos sempre "as crianças", não importa se já temos 30, 40 ou 50 anos. Para eles a lembrança da casa cheia, das brigas entre irmãos, das histórias contadas ao cair da noite... serão sempre recentes, pois têm vocação de eternidade.

 Por isso é tão difícil despedir-se de um amor ou alguém especial que por algum motivo deixou de fazer parte de nossas vidas. 
 Dizem que o tempo cura tudo, mas talvez ele só tire a dor do centro das atenções. Ele acalma os sentidos, apara as arestas, coloca um band-aid na ferida. Mas aquilo que amamos tem disposição para emergir das profundezas, romper os cadeados e assombrar de vez em quando. 
 Somos a soma de nossos afetos, e aquilo que nos tocou pode ser facilmente reativado por novos gatilhos _ uma canção cala nossos sentidos; um cheiro nos paralisa lembrando alguém; um sabor nos remete à infância.

  Assim também permanecemos memórias vivas na vida de nossos filhos, cônjuges, ex amores, amigos, irmãos. E mesmo que o tempo nos leve daqui, seremos eternamente lembrados por aqueles que um dia nos amaram.




 






quinta-feira, 10 de julho de 2014

Um jogo de futebol

Num jogo de futebol, você entra pra ganhar ou pra perder. Perdemos feio, foi vergonhoso, um vexame, o Brasil se perdeu em campo… Mas é preciso saber lidar com isso. Felipão poderia ter escolhido duas possibilidades: jogar na retranca, e não teria sido uma derrota destas - provavelmente teríamos perdido, mas não teria sido este vexame. Porém, todos nós hoje estaríamos comentando: “Perdemos porque não foi ofensivo, perdemos porque não foi corajoso…”. Ele foi corajoso, e é o que determina essa Copa, ser ofensivo, mas não tinha defesa pra segurar aquela ofensividade. Teve que mudar um time em função da saída do Neymar e especialmente do Tiago Silva, que eu acho que foi a maior falta, e na hora de recompor esse time, passou a ser um time novo, como se fosse uma estreia, e o time se perdeu em campo. Isso é uma realidade, foi feio, foi vergonhoso. Agora, a grande questão é não ter a histeria da perda. A gente tem que ter maturidade pra perder: perdemos, e não temos que esquecer disso, a vergonha, a humilhação, o 7x1 - eu não consegui mais assistir o jogo depois do segundo gol, de tão horrorosa que era aquela sensação. Agora, isto é próprio de quem se coloca no jogo, quem joga está para isso. Então isso tem de representar no Brasil, maturidade. Primeiro, parar de demonizar. Porque parece que quando dá errado tem UM culpado, não é um culpado, são muitos culpados, é a historia do futebol brasileiro, é a CBF, são os cartolas, tudo ta envolvido nisso, mas não, nós vamos - e eu espero que não - preferir eleger o Felipão como carrasco e destruir a carreira, que já é fim de carreira, do mesmo cara que também nos deu uma taça. Então isso me incomoda. Eu perdi Felipão, junto com você, eu topei com você do começo ao fim tudo que você fez, eu perdi junto com cada jogador em campo, eu tô sofrendo com cada um deles que nesse momento tem que se estruturar para um novo jogo, que não pode ser uma vergonha novamente. Então eu estou com os jogadores, perdi junto com eles, perdi junto com o Felipão, a derrota é minha e é de todo brasileiro também. Agora não é hora de jogar laranja na seleção, na mesma seleção que a gente ficava gritando alegremente, temos que parar com essa histeria, perder com dignidade, juntar as dores e enfrentar, perdemos e a Alemanha ganhou. E agora vamos seguir em frente! Pra finalizar, o mais interessante, o lúdico do jogo é: a gente morre do coração por um jogo, eu mal dormi essa noite, mas tem uma hora que você lembra "gente, é só um jogo". É lúdico, é o nosso amor, nossa paixão. Mas é lúdico, a vida continua de onde sempre esteve, e é essa a dignidade que a gente tem que ter na derrota. Viviane Mosé escritora Este foi meu comentário de hoje no Liberdade de Expressão, do qual faço parte todas as manhãs na CBN.

sábado, 5 de julho de 2014

Medo de arricar

Comentando o “Se eu fosse você'' A questão da semana é o caso da internauta que, há cinco anos, foi abandonada pelo marido. O sofrimento foi tão intenso que ela agora teme aprofundar a relação com o namorado atual. A situação que viveu no casamento é semelhante a de muitas pessoas que, ao encontrar um parceiro, o transformam em única fonte de interesse. Alimentam a crença de que não ter uma relação amorosa fixa e estável com uma única pessoa significa ser incompleto, ou seja, totalmente desamparado. Na nossa cultura, somos incentivados, desde muito cedo, a acreditar que só é possível ser feliz se tivermos alguém ao nosso lado. Da mesma forma como a criança pequena se desespera com a ausência da mãe, o adulto, ao perder o objeto de amor, é invadido por uma sensação de falta e de solidão. Além disso, quando fracassa um projeto amoroso, a pessoa perde o referencial na vida e sua autoestima fica abalada. Por temer ser abandonada novamente, nossa internauta resiste a experimentar uma aproximação maior com o atual namorado. Concordo com o psicólogo italiano Willy Pasini quando diz que a intimidade exige o abandono da couraça que protege o que temos de mais íntimo: quanto mais a intimidade é compartilhada, mais o outro tem livre trânsito para as nossas coisas mais secretas. Mas só uma autoestima elevada leva a viver tal “despir-se” como oportunidade, e não como ameaça. Quem pensa que deve esconder as partes de si, que considera inconfessáveis, vive inevitavelmente a intimidade como se fosse um risco pessoal. Para Winnicott, psicanalista inglês, as pessoas com dificuldade nos contatos pessoais são indivíduos fechados numa dura couraça que protege um núcleo central inseguro e mole. Todo processo de amadurecimento pessoal consiste nessa progressiva conquista de uma cada vez maior confiança em si mesmo. Só nessas condições uma pessoa poderá baixar a guarda sem medo e transformar a couraça numa membrana periférica e permeável às trocas com os outros. E o terapeuta e escritor Roberto Freire também contribui para a reflexão sobre o fantasma do abandono vivido nesse caso. Ele não tem dúvida de que risco é sinônimo de liberdade e que o máximo de segurança é a escravidão. Freire acredita que a saída é vivermos o presente através das coisas que nos dão prazer. A questão, diz ele, é que temos medo, os riscos são grandes e nossa incompetência para a aventura nos paralisa. Entre o risco no prazer e a certeza no sofrer, acabamos sendo socialmente empurrados para a última opção. Fonte: http://reginanavarro.blogosfera.uol.com.br/2013/11/02/o-fantasma-do-abandono/

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Você sabe o que é um MISÓGINO?

O termo grego "misógino" é utilizado pelos psicólogos para designar a pessoa que odeia mulheres: miso = odiar e gyne = mulher. Isso, teoricamente falando, porque, na vida real, nem sempre é fácil reconhecer um misógino. Antigamente a palavra que dava o significado de "incomodar" ou "angustiar" era interpretada como "odiar". Tal como "I love you" tanto pode significar "Eu amo você", como "Eu gosto de você" ou "I miss you", que pode ser "Eu preciso de você", como "Eu sinto saudade de você". Não necessariamente o termo "pessoa que odeia mulher" deva ser levado ao pé da letra, mas pode ser entendido como "pessoa que sente angústia com o convívio com a mulher". À primeira vista, ele é muito educado, gentil; e, em geral, considerado um gentleman. Tem muita facilidade em conquistar a mulher por quem está interessado, pois age de maneira extremamente amorosa, o que o torna quase irresistível. Sua atitude demonstra um apaixonamento e uma dedicação tão intensos que, com o decorrer do tempo, fica cada vez mais difícil para a mulher estabelecer limites seguros e ser capaz de atribuir-lhe quaisquer responsabilidades na eventual geração de conflitos ou turbulências no relacionamento. Na verdade, estabelece-se um contrato tácito (sem palavras, mas compreendido por ambos), no qual o homem vai, imperceptivelmente avançando nos limites, a fim de tomar pé de até onde pode ir com seu estilo manipulador e altamente controlador. A mulher, por sua vez, a fim de "preservar" a relação", tenta ser boa todo o tempo e evita confrontá-lo. Com isso, evidentemente, o relacionamento fica assimétrico e ela, naturalmente, fragiliza-se cada vez mais. Esse controle do misógino vai avançando de tal maneira que chega a alcançar as áreas financeira e íntima, prejudicando a sexualidade do casal. Ainda que a mulher faça tudo para evitar desentendimentos, ele acaba sempre convencendo-a de que ela sempre está errada. Com o tempo, ela passa a medir cada palavra que pronuncia, uma vez que, confusa e cada vez mais perplexa, teme que tudo “desmorone” de uma hora para outra. À essa altura, ela já está irreconhecível e a sua auto-estima se encontra totalmente minada. Torna-se difícil tomar qualquer atitude, uma vez que o homem utiliza argumentos que lhe soam tão lógicos para o bem da relação, que ela passa a chafurdar-se num mar de lodo emocional. A única coisa que ele deseja é sentir que ela lhe dê mostras de seu amor incondicional por ele, através de muita compreensão e do atendimento de suas mínimas necessidades, sem demonstrar qualquer tipo de aborrecimento. Algumas vezes, ele estoura e, em seguida se arrepende, voltando a ser o homem maravilhoso do princípio...até que novo estouro aconteça. Vale ressaltar que, a despeito dessa descrição avassaladora da atitude de um misógino, ele está totalmente inconsciente dela e sequer tem noção da dor que sua atitude produz no outro. Seu comportamento é, na verdade, um subproduto de sua história de vida na família de origem, que lhe causou um sofrimento psicológico, o qual não pôde ser evitado. Geralmente, ele é oriundo de um relacionamento conturbado entre seus pais, com o qual aprendeu que oprimir a mulher é a única maneira de controlá-la. Como adulto, ele “atualiza” a vivência sofrida no passado, buscando desesperadamente ser amado, ainda que de uma maneira totalmente deturpada. Pode ter acontecido que este homem passou por mais de uma relação amorosa na qual ele foi alvo de situações humilhantes e constrangedoras, vindas de suas ex-amadas. Essas situações do passado podem salientar ainda mais o problema. A solução para esse problema é um dos dois sair do círculo vicioso e começar a agir de uma maneira nova. Geralmente, quando isso acontece, existem três possibilidades: 1. A mulher mantém-se submissa, para conservar consigo o seu homem. 2. Ela prefere separar-se dele. 3. Ela decide investir numa nova relação com o mesmo homem. As que optam pela última opção terão que elaborar a reconstrução de sua auto-estima, estabelecer limites claros, ser firmes perante o parceiro e assumir o seu lugar dentro da relação. Para isso, com toda probabilidade, elas necessitarão de ajuda terapêutica. O resultado dessa atitude provocará uma solução do problema que provavelmente será: ou o seu misógino desistirá de ser o algoz para ficar a seu lado, ou desistirá da relação. De qualquer forma, ela terá conquistado o resgate de sua auto-estima. Antônio Tadeu Ayres Baseado no livro: “Homens que odeiam mulheres & mulheres que os amam “, de Susan Forward e Joan