segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Amor Ah sempre o amor....

Lourdes Pacheco Penso que as pessoas jamais deveriam condicionar o amor à idade, afinal não se conta tempo aos sentimentos. A melhor idade para amar é aquela em que nos dispomos a uma maior entrega e nos permitimos à sensação de enlevo, pois nada tem a ver com cronologia. Um amor romântico pode acontecer a qualquer momento desde que a pessoa se permita viver essas emoções. Claro que a forma de amar pode mudar com a idade, mas o importante é não se envolver em preconceitos e jamais acreditar que um sentimento tão único na vida do ser humano possa ser tido como ridículo. Depois de certa idade é normal que fatores como o companheirismo, a amizade e o desejo de se manter juntos sejam preponderantes. O amor na maturidade proporciona real felicidade, não exige grandes manifestações, não é avassalador. Todo o ardor da paixão é substituído pela calma, todo requinte pela simplicidade, porque o amor é simples e não exige perfeição. Essa inapetência pela perfeição constitui o amor maduro, é o olhar real que foge ao ideal em que se norteia a paixão. Na maturidade a pessoa se torna mais exigente. Os sentimentos são, na verdade, mais nítidos, ou seja, ou a pessoa quer ou não quer o outro. A convivência é muito mais harmônica e salutar quando não se projeta no outro a vontade própria, fruto das experiências vividas, no amor maduro a amizade é privilegiada. A escritora Lya Luft escreveu: “A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura.“.