quarta-feira, 30 de março de 2011

Cuide da sua família


A minha palavra é para convidar a você ser pasto, das ovelhas. Você é responsável pelo pastoreio de suas ovelhas na sua casa. O bom pai e a boa mãe é que ensina a criança a comer direito desde pequeno. O pastoreio das famílias começa nas panelas. O pastoreio da mulher começa na panela quando ela faz a comida. Não adianta estar dentro de casa, precisa exercer a autoridade dentro de casa. Você não pode ser uma mãe decorativa, a família não precisa ter uma mãe decorativa, a família precisa de uma mãe com as rédeas na mão. Você pai, não pode ser um repolho dentro de casa, todas as vezes que um filho vai até você, você diz para ele procurar a mãe. A minha palavra de pastor é para convidar a você ser pastor também, os padres não são os únicos responsáveis pelo pastoreio das ovelhas. Você é responsável pelo pastoreio de suas ovelhas na sua casa. O bom pai e a boa mãe é que ensina a criança a comer direito desde pequeno. O pastoreio das famílias começa nas panelas. O pastoreio da mulher começa na panela quando ela faz a comida. Não adianta estar dentro de casa, precisa exercer a autoridade dentro de casa. Você não pode ser uma mãe decorativa, a família não precisa ter uma mãe decorativa, a família precisa de uma mãe com as rédeas na mão. Você pai, não pode ser um repolho dentro de casa, todas as vezes que um filho vai até você, você diz para ele procurar a mãe.
Muitas mulheres que são casadas já estão solteiras a muito tempo, não tem com quem dividir pensamentos e sentimentos. No início é tudo tão lindo, o primeiro filho, o pai quer dar banho, ama com todas as forças no início e depois não suporta as mínimas coisas.
Existe tantos pais que amam somente o filho na infância e depois se cansa. Nós não podemos cansar do pastoreio. O pastor que vai ficando indiferente aos poucos vai perdendo a confiança. Se você descobre que seu marido está indiferente, você vai esfriando. É preciso do romantismo do início de namoro. Romantismo faz bem, tem que manter. Abrimos mão de fazer da nossa casa romântica. O pastor não pode ser indiferente ao rebanho que tem. Às vezes fazemos de tudo para chamar a atenção do outro e não conseguimos e vamos ficando agressivo; quantas vezes a agressividade do filho é um pedido de socorro, “Pai seja meu pastor”.
Não temos como fugir disso!
A minha palavra é para convidar a você ser pasto, das ovelhas. Você é responsável pelo pastoreio de suas ovelhas na sua casa. O bom pai e a boa mãe é que ensina a criança a comer direito desde pequeno. O pastoreio das famílias começa nas panelas. O pastoreio da mulher começa na panela quando ela faz a comida. Não adianta estar dentro de casa, precisa exercer a autoridade dentro de casa. Você não pode ser uma mãe decorativa, a família não precisa ter uma mãe decorativa, a família precisa de uma mãe com as rédeas na mão. Você pai, não pode ser um repolho dentro de casa, todas as vezes que um filho vai até você, você diz para ele procurar a mãe. A minha palavra de pastor é para convidar a você ser pastor também, os padres não são os únicos responsáveis pelo pastoreio das ovelhas. Você é responsável pelo pastoreio de suas ovelhas na sua casa. O bom pai e a boa mãe é que ensina a criança a comer direito desde pequeno. O pastoreio das famílias começa nas panelas. O pastoreio da mulher começa na panela quando ela faz a comida. Não adianta estar dentro de casa, precisa exercer a autoridade dentro de casa. Você não pode ser uma mãe decorativa, a família não precisa ter uma mãe decorativa, a família precisa de uma mãe com as rédeas na mão. Você pai, não pode ser um repolho dentro de casa, todas as vezes que um filho vai até você, você diz para ele procurar a mãe.
Muitas mulheres que são casadas já estão solteiras a muito tempo, não tem com quem dividir pensamentos e sentimentos. No início é tudo tão lindo, o primeiro filho, o pai quer dar banho, ama com todas as forças no início e depois não suporta as mínimas coisas.
Existe tantos pais que amam somente o filho na infância e depois se cansa. Nós não podemos cansar do pastoreio. O pastor que vai ficando indiferente aos poucos vai perdendo a confiança. Se você descobre que seu marido está indiferente, você vai esfriando. É preciso do romantismo do início de namoro. Romantismo faz bem, tem que manter. Abrimos mão de fazer da nossa casa romântica. O pastor não pode ser indiferente ao rebanho que tem. Às vezes fazemos de tudo para chamar a atenção do outro e não conseguimos e vamos ficando agressivo; quantas vezes a agressividade do filho é um pedido de socorro, “Pai seja meu pastor”.
Não temos como fugir disso!

“Mais do que entender seus filhos, os pais precisam saber como educá-los”

Katia Melo

De quatro décadas de trabalho com crianças com problemas psicológicos, o psiquiatra francês Marcel Rufo extraiu lições sobre dificuldades comuns a todos os pais – como o meio-termo entre equilíbrio e superproteção e a abordagem da sexualidade dos filhos. Rufo discute essas questões em dois livros recém-lançados, Me Larga! Separar-se para Crescer e Tudo o Que Você Jamais Deveria Saber sobre a Sexualidade de Seus Filhos (editora Martins Fontes).

ÉPOCA – Por que o senhor diz que os pais de hoje querem compreender os filhos, mais que educá-los?
Marcel Rufo – Os pais de hoje fizeram progressos extraordinários em relação aos de antigamente. Os filhos nunca foram tão bem criados. Do ponto de vista físico, corporal, não há mais preocupações. O problema que resta aos pais é se os filhos vão ser felizes e inteligentes. Para isso, é preciso compreendê-los. Hoje, os pais, mais que educar, tentam entender seus filhos. E compreender é mais democrático que educar. Houve uma “democratização” da família, que virou uma espécie de sindicato em que todos podem falar e debater. É por isso que os filhos, que não são bobos, não nos abandonam mais. Eles têm mais dificuldade para partir que para ficar.

ÉPOCA – Isso quer dizer que o progresso dos pais não é necessariamente bom?
Rufo – Os pais progrediram, mas é preciso que aprendam a não ser tão bons assim. O psicanalista inglês Donald W. Winnicott (1896-1971) criou um conceito muito interessante, o de “good enough mothers”, “mães boas o suficiente”. Esse termo mostra bem o que é preciso fazer. Ser um pai mediano, e não excelente, ajuda as crianças. No fundo, os filhos nos amam por nossos defeitos, mais que por nossas qualidades.

ÉPOCA – Como evitar a superproteção?
Rufo – Separar-se de uma criança é respeitar seu gosto pela aventura e pela descoberta. É preciso, de vez em quando, deixar segredos para que os filhos façam suas próprias descobertas, o que não ocorre quando os pais estão sempre presentes. Cabe às crianças, sozinhas, “redescobrir” as coisas que nós mesmos descobrimos quando tínhamos a idade delas.

terça-feira, 29 de março de 2011

Crianças tímidas


Na maioria das vezes, um estudante é quieto na escola, mas em casa, por exemplo, pode se mostrar à vontade. É preciso considerar, ainda, que alguns alunos são introspectivos sem que esse comportamento interfira em seu aprendizado e sua socialização. De qualquer forma, a criança que pouco interage precisa de intervenções construtivas. Ela considera demais o juízo do outro, mas no íntimo quer ser valorizada e reconhecida. Um ambiente de aprendizado acolhedor, aberto a diferentes opiniões, é benéfico para qualquer um, especialmente para ela. Evitar expô-la contribui para que se sinta seguro e aceita.

Tarefas de cada um


Compartilhando as tarefas de casa“Odeio quando minha mãe me pede para ajudá-la a fazer as coisas de casa, e ela ainda age como se fosse muito divertido”-. Diz Amanda, de cara fechada. -“Não sou uma faxineira. Se antes trabalhar como escravo não era divertido, agora é ainda menos. Essa coisa de ficar lavando louça, lavando roupa ou passando aspirador pela casa toda não é a minha praia. Detesto essas tarefas de casa.”

Ouçam garotas…
Todos nós alguma vez tivemos que ouvir os nossos pais nos lembrando como eles tinham que trabalhar quando eram adolescentes. “Todos tínhamos uma ou outra tarefa e se nos negássemos a fazer o que nos era pedido, não nos deixavam sair, ou não nos davam dinheiro. Sempre havia uma condição que nos obrigava a fazer as tarefas de casa. Se a gente fez, vocês também tem que fazer. Eles nunca acabavam de organizar as tarefas de casa se não nos incluíssem.”

Algumas pesquisas demonstram que 80% das garotas e 60% dos garotos fazem o trabalho de casa. Mas não sei se essa pesquisa mostra se eles GOSTAM de ajudar nas tarefas de casa Os pesquisadores descobriram que 90% das pessoas perdem, no mínimo, a metade dos fins de semana fazendo tarefas de casa, e ficam com a sensação de que depois da sexta à noite vem a segunda de manhã e outra vez o trabalho. A pergunta não é se seus pais esperam

É duro discutir com cada membro da família sobre as tarefas que correspondem a cada um. Se cada um colaborasse, existiria um apoio moral geral que ajudaria a cumprir as obrigações. As tarefas de casa ensinam sobre a responsabilidade e sobre o desenvolvimento de um trabalho ético e com valor.

Por isso, se concordarmos em começar a trabalhar duro, saiba como fazer com o menor esforço possível. As tarefas de casa podem nem ser tão cansativas assim.

1.Peça aos seus pais que façam uma lista das coisas que há para fazer. Escolha algumas tarefas da lista fatal. Assim você poderá decidir sobre o que quer fazer.
2.Garanta que todos estejam de acordo com as tarefas. Seja específica. Limpar o banheiro significa desinfetar o vaso, a pia, a roupa suja, o chão e limpar o espelho?
3.Organize uma agenda onde você especifique quando quer que as coisas sejam feitas. Peça para sua mãe organizar as tarefas de casa e dividir as funções de cada um.
4.Ganhe a confiança dos seus pais. Diga a eles que a partir de agora arrumará seu quarto regularmente. Mas se algum dia não tiver tempo para fazer tudo… feche a porta para que eles não vejam a bagunça.
5.Estabeleça um horário para fazer as tarefas. Você não quer que lhe digam que não pode ir ao shopping porque a roupa não foi dobrada. Ou que lhe digam FAÇA AGORA!”. Se tiver que fazer alguma coisa não muito agradável, garanta no mínimo que não seja no horário das suas séries de TV favoritas, ou você se sentirá mais frustrada ainda.
61% dos adolescentes entrevistados numa enquete disseram que para que os pais lhes dêem permissão para fazer as coisas precisam ter as tarefas feitas. Ou seja, que eles precisam ajudar nas tarefas de casa. Se tiver outra pergunta sobre como se dar bem com sua família, pergunte a Tina. De tarefas de casa ela entende!
Do site doAlweys

segunda-feira, 28 de março de 2011

Leitura


O escritor Pedro Bandeira fala sobre sua experiência como leitor das obra de Monteiro Lobato na infância e defende como e por que livros como "Reinações de Narizinho", "Caçadas de Pedrinho" e "A Chave do Tamanho" devem ser lidas pelas crianças na escola nos dias atuais.

domingo, 27 de março de 2011

Criança feliz


Quando se trata de felicidade não é necessário ler muitos livros, assistir a uma centena de vídeos ou tirar um curso, basta observar e aprender com os maiores peritos em felicidade, as crianças.
O estado natural de uma criança é a sorrir, basta estar junto de uma criança durante alguns minutos para ficar contagiado com a sua alegria. Claro que as crianças também se irritam, mas até aqui pode aprender uma ou duas coisas sobre a forma como elas rapidamente esquecem o motivo que as levou a alterarem o seu estado de humor. É normal que quando passa algum tempo com uma criança se comece a recordar de quando você também era criança e da vida simples e livre de preocupações que levava.
A procura da felicidade é levada a cabo por quase todos os adultos, fique então com algumas lições que as crianças lhe podem ensinar.
Viva no presente
As crianças têm uma forma fantástica de viver a sua vida, vivem apenas um momento de cada vez.!

Domingo de Sol com as crianças

Esse é um domingo com Sol! A semana para todos é atribulada.
Para os pais separados que no fim de semana ficam com seus filhos ou as mães que além de todse mana tem o final de semana com os filhos aqui tem alguns relatos:
Pai divorciado: Em relação as crianças está tudo bem, peguei eles na sexta-feira, e haviam vindo direto da escola. Tudo na santa paz!
O futebol de sexta-feira nem eu nem o meu filho nos machucamos, fiz dois gols e ele nenhum, noto que ele fica muito irritado com isso, rs. O engraçado que quando ele me marca o faz como se fosse final de campeonato. Já quando marca os outros o faz normalmente. A minha menna ficou em casa vendo um filme e jogando no computador.
Jáa mãe: Fiquei bem chateada no sábado! Trabalhei de manhã e tudo foi tranquilo, peguei uma comida que as crianças gostam (arroz colorido com bacon, batata frita e medalhão com bacon), voltei para casa. Fiz o serviço doméstico rotineiro como lavar a louça e a roupa (uniforme escolar) das crianças, e o dia transcorreu normalmente. Encontrei um amigo no restaurante e ele me convidou para dar uma passada na casa dele de tarde. Como ele mora ficou fácil.
Depois das 17:00 peguei as crianças e fomos tomar um sorvete. Ele escolheu a preferência dele, um milk-shake de chocolate com ovo maltine que estava bem caprichado por sinal e a ela pegou uma sorvete italiano com cobertura de chocolate. Demos uma volta, fomos para casa e brincamos e comemos um bocado.
Já em casa minha gatinha de uma forma muito espontânea resolver arrumar os armários dela, o que me deixou muito contente. O trabalho doméstico com os dois continua sendo um problema.
Mais uma de pai:
A História sem fim
Um cliente com problemas e adivinha quem teve que deixar os filhos sozinhos em um sábado a noite para ir trabalhar. Resumo da ópera que os dois assistiram “A história sem fim” até o fim e parte do filme “Os Goonies”. Cheguei depois da 00:00h e encontrei o ele dormindo e a ela que logo que cheguei me falou: —”Ainda bem que você chegou papai, estava começando a sentir medo.” Droga, o que se faz quando a sua filha fala isso e te chama para fazer ela dormir? Me arrumei na hora e vim dar carinho para ela no sofá. Acabamos dormindo os dois aqui e acordei depois das 03:00h da manhã e levei ela para a cama, e depois fui para a minha cama dormir. Pelo menos consegui resolver junto com meu amigo do restauramos 80% do sistema que havia caído. Combinamos de terminar o serviço no domingo. Infelizmente não pude falar com minha namorada neste sábado, tadinha e ela acabou ficando preocupada comigo, por eu não retornar as ligações. Infelizmente como disse anteriormente acabei adormecendo no sofá.
E domingo de manhã, por conta de tudo isso e eu e os pequenos acordamos depois das 09:30h. Me admirei com ele acordando depois das 10:00h, e comendo como um leão. Quando deu 11 horas saí para pegar o meu amigo e terminarmos o serviço. Trabalhamos até às 13:00 e não deu nada certo! Fomos em uma torre e eu não tinha acesso. E na outra torre acabei não conseguindo muito coisa também. Pedi ajuda para ao meu filho, orientei ele e foi de grande ajuda. Deixei meu amigo na casa dele, e passei no mercado para comprar um agrado para as crianças.
Almoço especial
Comprei frango para assarmos e voltei para preparar um almoção para eles. Comemos frango assado, linguiça de pernil e macarrão com o meu molho especial, que segundo a minha filha é o melhor do mundo. Nada como um almoço gostoso e um pouco de descanso para a cabeça funcionar. Matutei uma solução para o problema de cada uma das torres e acabei deixando tudo funcionando antes das 15:00. Com isso tive mais tempo de descanso com os pequenos e conseguimos sair para curti a praça, já que estava um dia deveras agradável.
Para compensar todo esse transtorno e abandono, que eu realmente me sinto terrível por ter infligido isso a eles, acabamos passando por dois parquinhos para eles brincarem, fomos tomar sorvete e depois voltamos para casa.
No fim das contas foi um dia bem gostoso, eles me ajudaram um monte, eu fui ausente por conta do trabalho, mas quando estive com eles fiz o que pude e o que não pude para eles se sentirem amados, e como sempre, me senti bem em poder cuidar e brincar com meus filhos.
Uma coisa que estava pensando hoje, é sobre o papel das crianças nas nossas vidas. Sei que eles são herança divina (Salmos 127.3), e que também sabemos que o reino de Deus é delas (Mateus 19.14), e que deles saem o perfeito louvor (Mateus 21.16). Como as crianças são uma parte autônoma das nossas vidas vejomos neles, não somente nas partes boas, mas principalmente nas características ruins. O egoísmo, mau humor, preguiça e irritação. Crianças podem ser extremamente manipuladoras e cruéis. Lembre daquele “brilho” nos olhos dos seus filhos de apagar, o momento quando eles começam a ter uma maior consciência do mal. Mas ao mesmo tempo as crianças não são frias e nem ficam calculando todas as probabilidades do que acontecerá a cada atitude deles. Elas podem ser muito ousadas e arrojadas, e a são capazes de gestos fantásticos de bondade e caráter. São capazes de fazer tudo aquilo que Deus espera de nós adultos na vida mas apenas crianças quando o assunto é cumprir a vontade de Deus. Além disso eles não tem problema em usar a frase “me desculpe” ou então “me perdoe” quantas vezes forem necessárias, diferentes dos adultos que muitas vezes se sentem alto suficientes. Vejamos algumas situações:
• Uma das caracaterísticas que mais me chama a atenção é a forma com as crianças interagem umas com as outras. Hoje enquanto estava no parquinho, uma lorinha de bochechas rosa chegou do nada para a minha filha e a chamou para brincar. Não procurou saber sobre a vida pregressa dela, se a família dela era decente ou não, se ela tinha dinheiro na carteira, se era freqüentadora de igreja ou de terreno de macumba. Apenas olhou para ela, e a chamou para brincar.
• Outro dia o meu filhoo que apronta tanto comigo, me fez chorar falando comigo pelo telefone. Eu me negando a pegá-los no dia dos Pais por conta de uma gripe fortíssima, do nada fala que me ama e que ele cuidaria de mim, da forma mais espontânea e pura que uma criança pode fazer. Chorei!
Tudo isso me faz pensar sobre um monte de coisas que devo ou melhorar ou persistir. Que devo pregar o evangelho sem me preocupar com a aparência alheia, que devo amar mais, e que quando eu louvar que seja do fundo da minha alma.
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sábado, 26 de março de 2011

Feliz


Ser feliz é uma questão de querer SER! Cabe-nos sempre lembrar que a felicidade está em cada um de nós, e o nosso desafio constante é expressá-la, renová-la, buscá-la nas pequenas conquistas diárias.
Ser feliz torna-se possível quando deixamos de lado as tantas dificuldades e preocupações que nos cercam e passamos a observar mais atentamente a maravilha que somos e temos.
Ser feliz é conseguir ser criança apesar de toda a responsabilidade de luta diária. É ser um adolescente sonhador e romântico diante da seriedade do compromisso. É ser um adulto corajoso e audacioso, ciente dos riscos de ousar viver.
Ser feliz é ser e sentir-se amando e amado!
Se você é feliz saberá ensinar seus filhos a serem felizes e terá sua família feliz,com certeza!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Assista e contagie

http://t.co/89FaE3n vía @youtube

quarta-feira, 23 de março de 2011

A comida que espanta a solidão


Canja para a alma: a comfort food não só conforta o estômago, como afasta o sentimento de solidão, diz pesquisa americana.
urê de batata, almôndegas, canja, frango assado com macarronada, carne de panela, filé à milanesa... Esses pratos podem não ser os mais indicados para proteger suas artérias, mas, de acordo com uma pesquisa que será publicada no Psychological Science, periódico da Association for Psychological Science, dos Estados Unidos, eles fazem bem ao coração e às emoções. O trabalho estudou a comfort food e como ela faz as pessoas se sentirem.

Para quem não sabe, comfort food é a comida que dá alento, aquela que traz lembranças boas da infância – o bolinho de chuva da sua avó, a panqueca da mãe, a carne assada do pai, ou aquela comidinha que você comia durante as férias na fazenda, ou na praia...

O estudo surgiu do projeto de pesquisa de Shira Gabriel, coautora, que procurava por "substitutos" sociais, ou seja, coisas que fazem as pessoas se sentirem bem durante um longo tempo. Durante a pesquisa, alguns entrevistados disseram que combatem a solidão assistindo ao seu programa de TV favorito, conhecendo pessoas virtualmente ou olhando fotos e lembranças de pessoas queridas. Jordan Troisi, da Universidade de Buffalo, e Shira imaginaram que a comida poderia ter o mesmo efeito por fazer as pessoas se lembrarem de amigos e entes queridos.

No primeiro experimento, as pesquisadoras despertaram o sentimento de solidão em alguns participantes fazendo com que eles escrevessem, durante seis minutos, sobre uma briga recente que tiveram com alguém próximo. Os outros participantes também receberam como tarefa escrever um texto, mas desapegado de emoção.

Em uma segunda fase da avaliação, selecionaram pessoas dos dois grupos e pediram que escrevessem sobre a experiência de saborear uma comfort food e, às demais, sobre comer um prato novo, desconhecido. Por fim, as pesquisadoras aplicaram um questionário que media o sentimento de solidão.

Escrever sobre brigas com pessoas queridas fez com que os participantes se sentissem sós. Mas aqueles que se mostravam seguros em seus relacionamentos – o que foi avaliado antes do experimento – foram capazes de esquecer a solidão ao escrever sobre comfort food. Em seus ensaios sobre o assunto, muitos falaram sobre a experiência de comer junto da família e amigos

Dever de casa


Por: Andrea Müller Garcez

Muitas vezes o dever de casa torna-se o principal ponto de conflito entre escola e família, professores e alunos, pais e filhos. É inegável a importância deste instrumento para o desenvolvimento do hábito do estudo e da pesquisa, da disciplina intelectual, além de servir como extensão das atividades escolares, cuja carga horária é tão reduzida no Brasil. Mas como fazer para que esta atividade não se torne um pesadelo na vida dos estudantes e da família?

Os fatores que levam ao stress em torno das tarefas de casa são muitos: falta de tempo dos pais, dificuldade em impor regras e limites, falta de diálogo com a escola, dificuldades de aprendizagem, inadequação das tarefas, falta de material ou infra-estrutura em casa, etc. Elaborei, então, algumas dicas com base em minha experiência.

1) Organizar o espaço – É importante que a criança/adolescente tenha um espaço próprio para estudar, com seus materiais, livros, revistas, tesoura, cola, lápis de cor, etc. Se estiver tudo espalhado, faltar material e se a cada dia a tarefa for realizada em um local diferente é mais difícil para o aluno se organizar e criar o hábito. A organização externa ajuda a organização interna! Caso não seja possível um espaço exclusivo para o estudo (como uma escrivaninha ou mesa de estudo), sugiro organizar um “cantinho” onde todo o material fique disponível, de preferência próximo ao local onde o estudante realiza as tarefas (que deve ser uma mesa, nunca a cama ou sofá).

2) Limitar o tempo – As crianças e os adolescentes (muitos adultos também) têm dificuldade em organizar o tempo. Se deixar por conta deles, possivelmente não conseguirão administrar a tv, as brincadeiras, o computador, as atividades extras e o dever de casa. Brigar com eles no final do dia não fará com que no dia seguinte consigam fazê-lo. É preciso aprender a administrar o tempo. Uma boa maneira de fazer isto é estabelecendo um horário para o dever de casa. É importante que este horário tenha início e fim bem definidos, mesmo que nos primeiros dias o aluno não consiga completar as tarefas. Neste caso explique a situação na escola (mas ele deve sofrer as conseqüências). Se o tempo não for limitado pode acontecer de o estudante estender-se muito na tarefa, o que costuma ser classificado como “enrolação”, e na verdade é novamente a dificuldade de organização de tempo. Aos poucos ele conseguirá concluir as tarefas no tempo delimitado. Sugestões de horários de estudo de acordo com as séries escolares: educação infantil e 1º. ano: 15 a 20 minutos; 2º e 3º anos: 30 a 40 minutos; 4º, 5º e 6º anos: 50 a 60 minutos. 7º ano em diante: 1 e 1/2h a 2 horas.

3) Verificar o nível de dificuldade – O dever de casa deve ser uma tarefa dos alunos, não dos pais. Muitos pais, na angústia de perceber a dificuldade de seu filho, ou de ser cobrado pela escola, acabam fazendo as tarefas pelos filhos. Fazer o dever pela criança a torna dependente, insegura (muitos continuam fazendo os trabalhos dos filhos na universidade!) e não a ajuda na escola. Caso os professores não percebam que foram os pais que fizeram, acreditarão que o aluno está entendendo tudo e seguirão adiante. Se um estudante não está conseguindo fazer, sozinho, as atividades, o melhor é procurar o(s) professor(es) e conversar, estabelecer juntos estratégias.

4) Melhorar a comunicação escola/família – É freqüente a queixa das crianças quanto a “maneira” de explicar dos pais e da escola. Os pais aprenderam de outra forma ou não lembram de determinado conteúdo, sem falar que não têm, muita das vezes, didática. – e não são obrigados a ter! Os pais devem acompanhar as tarefas escolares dos filhos, mas quem deve ensinar é a escola. Isto deve ficar bem claro. A escola e a família devem trabalhar em parceria ao invés de jogarem a culpa um em cima do outro. (muitas vezes os pais falam mal da escola na presença dos filhos – geralmente quando estão nervosos, cansados e na hora do.... dever de casa!). A escola, por sua vez, cobra dos pais as tarefas feitas, não levando em conta que os pais nem sempre sabem como fazer. Ao invés de ouvirem, orientarem, apenas cobram, aumentando a sensação de fracasso na educação dos filhos.

5) Verificar o grau de interesse - Pais e professores devem estar atentos ao interesse das crianças/jovens pelas tarefas de casa. É um grande desafio para os professores, mas é possível fazer com que as tarefas sejam mais interessantes, menos repetitivas. Escolher temas atuais, explorar os recursos da mídia, da internet, criar desafios, competições saudáveis, expor os trabalhos, são algumas idéias que podem facilitar esta tarefa. Um outro recurso importante é fazer com que os próprios alunos avaliem as tarefas de casa uns dos outros. A cobrança do grupo é muito mais eficaz que a do adulto. Os pais também podem contribuir para o dever de casa ser interessante na medida em que eles também se interessam, perguntando, elogiando, comentando, contribuindo.

6) Ampliar a oferta de leitura - Hábito de leitura é fundamental para o dever de casa, para o sucesso escolar e futuramente profissional do estudante, mas é difícil desenvolver o hábito se a própria família não lê. Os pais ensinam mais através dos atos do que das palavras. Verificar em casa como anda o hábito de leitura pode ajudar o estudante nas tarefas de casa. Assinar um jornal, uma revista, ir à livraria, à biblioteca... Vale tudo: gibi, filme com legenda, revistas, não importa o assunto, o importante é ler. Lembrando que não é apenas mais um gasto, mas um investimento no futuro! Quem lê escreve com menos erros, amplia o vocabulário e passa a ter mais facilidade na escola e no dever de casa. Sugestões de revistas: Recreio, Super Interessante, Isto é, Galileu, Ciência Viva e para os mais velhos, Época, Veja, História viva, etc

segunda-feira, 21 de março de 2011

Filhos de pais separados


Ao se separar, o casal tem de buscar toda a maturidade possível para encaminhar bem a reação dos filhos à nova fase que se inicia. E, por mais que os pais sejam cuidadosos, a rotina muda. Bebês ficam agitados, crianças pequenas voltam a fazer xixi na cama e crianças crescidas passam a dar problemas na escola. Mas, bola pra frente. Separação não é só drama: se a decisão aconteceu, ajudar os filhos a encarar a nova fase será importante para todos.

Coma ajuda de especialistas, podemos dizer que há uma forma de preparar a criança conforme a idade dela. Vai depender da fase do desenvolvimento, da dinâmica da família e, claro, de como isso será conduzido pelos adultos. Por isso, cada faixa etária pede um tipo de cuidado e uma abordagem. “Acompanhadas de demonstrações de afeto, de amor, cuidado, carinho e respeito, essas atitudes fazem toda a diferença para as crianças”, garante o psicólogo Ricardo Muratori. Dividimos aqui as reações mais comuns e uma série de orientações baseadas nas idades das crianças. É claro que isso pode variar muito, mas serão dicas preciosas nesse delicado momento familiar. E mais: a separação do casal não precisa ser motivo para mais culpa em relação aos filhos. Mas deve ser encarada com responsabilidade e como uma nova chance para todos.

domingo, 20 de março de 2011

Como educar os filhos trablhando fora?




Os cuidados com os filhos, em geral, tem estado a cargo da mãe por uma questão histórica e cultural: ela sempre foi dona de casa e o marido passava a maior parte do tempo fora de casa trabalhando, portanto, ela é quem se tornava responsável e recorria ao pai quando sua autoridade como mãe não era respeitada (sabe aquela coisa de dizer ao filho: "já que você não faz o que eu quero, eu vou contar para o seu pai, você vai se ver com seu pai...")





Mas com a modernidade, as mulheres trabalhando fora, sem muito tempo para se dedicarem aos filhos como gostariam, a educação dos filhos deveria ser dividida entre o casal, algo que geralmente não tem acontecido, pois elas continuam a educar seus filhos e dispender seu pouco tempo disponível a eles, enquanto o pai continua na posição cômoda de voltar para casa e ver tv.





Mas este quadro tem mudado aos poucos, com muitos pais percebendo a dificuldade de suas esposas em administrar tudo dentro de casa e propondo-se a colaborar tanto nas tarefas domésticas, quanto na educação dos filhos, seja acompanhando suas lições de casa, seja dispondo de um tempo para conversar e brincar com eles.





O ideal é que a educação seja algo feito em conjunto entre pai e mãe e, principalmente, que ambos concordem entre si, pelo menos na frente das crianças. Discussões a respeito de como educar os filhos NUNCA devem ocorrer na frente das crianças, pois abrem espaço para que os filhos manipulem os pais de acordo com suas vontades. Um exemplo: o pai não deixa o filho ficar no computador até mais tarde e a mãe, com dó do filho, age no sentido de quebrar a regra imposta pelo pai. Agindo assim, ela faz o pai perder toda a sua autoridade e, pior que isso, ensina seu filho de que sempre há uma maneira de se conseguir o que deseja, criando-o sem limites, achando que pode tudo! O inverso também acontece, quando o pai, por se sentir culpado de não estar mais presente, acaba satisfazendo as vontades deles, contrariando a mãe.





Educar é dar o exemplo! Não adianta o pai falar uma coisa e fazer outra, os filhos seguem o comportamento e não as palavras! Educar também é estar presente, participar com os filhos de atividades em comum (jogar, brincar são atividades que aproximam os pais dos filhos), saber ouvir o que os filhos tem a dizer e não criticá-los pura e simplesmente, mas deixando claro que não concordam com determinadas atitudes dos filhos quando eles não agem da forma como deveriam agir, deixando espaço para o diálogo, para que eles expressem seus motivos para terem agido daquela determinada forma. Castigos funcionam somente quando os pais deixam claro o porque do castigo.





A base para uma educação efetiva está em estabelecer um vínculo afetivo duradouro e isso se faz com diálogo, convívio e respeito mútuo!





O ideal para criar e educar uma criança, que se torne um adulto seguro de si e cidadão, é que pai e mãe se relacionem bem entre si, independente de estarem casados ou não. Uma coisa é ser pai, ser mãe, outra bem diferente é ser um casal, homem-mulher, o relacionamento do casal pode acabar um dia, mas o papel de pais será pela vida afora! E é importante que estes pais, casados ou separados tenham consciência de que filhos são para a vida toda e que são os principais responsáveis pela sua educação. Portanto, brigas do casal à parte, eles devem sempre dialogar a respeito de como conduzir a educação dos filhos e o papel que cabe a cada um deles.





Em geral, os homens ainda tem dificuldade em mostrar seus sentimentos, em conviver com seus filhos, seja porque o convívio durante o casamento foi pequeno, seja porque evitam conviver com os filhos justamente para evitar qualquer contato com a ex-esposa em virtude de discussões ou conflitos que continuam após a separação.





Muitos pais até gostariam de manter um contato maior com os filhos, mas seu trabalho e seu tempo disponível nem sempre é compatível com o tempo disponível dos filhos, ou mesmo porque a lei os obriga a ver os filhos apenas a cada quinze dias, o que dificulta a construção mais efetiva dos laços afetivos entre eles ou até pela dificuldade de fazer acordos extra-judiciais com a mãe para ver os filhos em outros momentos importantes para o estabelecimento dos laços afetivos.





É comum vermos pais que, por terem dificuldade em mostrar seu afeto ou porque se sentem culpados com a separação, satisfazerem todos os gostos de seus filhos, tendo dificuldades em dizer não a eles e mimando-os excessivamente, como se isso fosse minimizar seu sentimento de culpa ou fazer com que seus filhos o amem.





Para que o pai possa estabelecer e manter um relacionamento saudável com seus filhos pela vida afora, é importante que esse contato seja de qualidade ou seja, que ele esteja presente e mantenha atividades junto com seus filhos: conversar, brincar, ver filme junto com eles, etc... Também é importante dialogar com eles a respeito do dia a dia deles, como estão na escola, verificar suas lições de casa, saber dos amiguinhos e, porque não, promover passeios junto com os filhos e os amiguinhos deles. No caso dos amiguinhos dos filhos terem pais separados, é interessante que todos estes pais se reúnam de vez em quando e troquem experiências entre eles e que estejam junto com os filhos. Uma idéia seria promover um churrasco, uma partida de futebol (time dos filhos contra o time dos pais), viagem no final de semana, etc... Saliento que, mais importante do que o tempo dispendido com os filhos, é a qualidade deste tempo com eles. Muitas vezes, meia hora de conversa e atenção exclusiva para os filhos é muito mais efetivo do que passar um dia todo sem ao menos conversar com eles, apenas embaixo do mesmo teto.

sexta-feira, 18 de março de 2011

O sucesso na escola


O sucesso da criança na escola vai depender, em grande, parte da sua atuação nas atividades propostas pelos educadores. E, para que a criança não tenha problemas de aprendizagem, é importante que ela domine as habilidades consideradas habituais de sua idade. As habilidades da criança aumentam com a experiência. E são as oportunidades que pais e educadores proporcionam a ela que lhe fornecem essas experiências. Nos primeiros anos de vida, nossos filhos dependem muito de nós. A comida que lhes damos, bem como o amor, os cuidados e oportunidades que lhes proporcionamos, afetam o modo como eles crescem. E, com cinco ou seis anos, espera-se que a criança seja independente o bastante para enfrentar a escola. Durante esse tempo, a criança desenvolve uma porção de habilidades, que geralmente, agradam muitos pais, mas que às vezes são também motivo de preocupações. Tomemos como exemplo, uma criança que não sabe vestir-se sozinha e sente-se mal quando precisa trocar de roupas, na aula de recreação da piscina da escola. Ter consciência da origem do problema é essencial para resolvê-lo.

Uma vez identificada à origem do problema, é a ação conjunta dos educadores e dos pais que permite sua superação. Esse é um dos motivos porque é importante que os pais tenham e mantenha o maior contacto possível com a escola.

Muitas vezes os pais fazem com que os filhos sejam muito dependentes, e isso os prejudica quando ingressam na escola. Em diversos casos, o ideal é que se trace, junto com os profissionais da escola, um plano de correção do problema. É claro que isto não depende apenas da criança, de seus educadores, mas especialmente dos pais.



Ajudar nossos filhos não quer dizer que devemos fazer suas lições, isso só o prejudicaria, o que eles necessitam é que nós os ajudemos a pensar, que os oriente, mostrando como se procura informações em livros, nos cadernos, etc. O processo de educação na escola, com os educadores e colegas, devem continuar em casa: e aquilo que nossos filhos aprendem em casa permanece fundamental para sua formação.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Comunicação na Família


Desde algumas décadas, os valores da família sofreram repetidos assaltos, ocasionando graves danos nos planos humano, social e religioso. Existem diversos valores que precisam ser redescobertos; entre eles, a comunicação na família.

Com o tempo, devido à dureza do coração humano, os valores vão se degenerando, ferindo o plano inicial de Deus e a própria essência do ser humano. Cada vez mais, o homem vai se distanciando do caminho da verdadeira felicidade.

A comunicação é um campo de trocas, de interações, que permitem nos perceber, nos expressar e nos relacionar com os outros. Ensinar e aprender. Moram (1998) afirma que comunicar é entrar em sintonia, aproximar, trocar, dialogar, expressar, influenciar, persuadir, convencer, solidarizar, tornar transparente, comungar.

Na comunicação, expressamos e buscamos o nosso lugar pessoal, nosso eixo, nosso centro, a partir do qual interagimos com os outros, com a sociedade.

Vivemos em constante comunicação. Nossa vida é comunicação! Comunicamo-nos com palavras, ações, posturas, gestos superficiais e até com nosso modo de andar.

Do ponto de vista da psicologia, a comunicação é uma das necessidades emocionais mais essenciais ao ser humano.

Comunicamo-nos porque temos carências. Precisamos de muitas informações para preencher nossos desejos e expectativas, para acalmar nossos medos, na busca de integrar o "eu dividido", as tensões que dispersam, os antagonismos que nos atraem para várias direções.

Comunicamo-nos para fugir da solidão, porque nos sentimos sós.

A comunicação desvenda, cura, ajuda a "reviver" situações introjetadas. O ponto de partida de Freud é que a comunicação cura. Falar com o outro revela o que estava escondido até de nós mesmos. E outras linhas terapêuticas caminham, com variantes, na mesma direção. A comunicação com o outro é reveladora.

Talvez o divino projeto humano, com uma boca e dois ouvidos, tenha sido feito especificamente para os casais. Segundo Taylor (2000), significa a indicação sutil da proporção correta entre falar e escutar. É mesmo divino quando parceiros podem, escutar, um ao outro, duas vezes mais do que cada um fala. Se quisermos, podemos transformar a parte mais passiva do relacionamento interpessoal num recurso ainda maior — aprendendo a escuta profunda. Pois, enquanto escutar ainda é a maior dádiva do amor, a escuta profunda é o que faz o amor durar.

E agora? Alguns anos se passaram, os filhos vieram e cresceram, trazendo alegrias e preocupações. É justamente nesse momento que se encontrar, dialogar, conversar, compreender, falar e ouvir — sobretudo ouvir, tornam-se uma necessidade, um dever na família

O relacionamento entre pais e filhos é bastante complexo e passa por muitas mudanças ao longo do tempo. A rede familiar, que está inserida num contexto social e histórico, sofre várias influências. A conduta de um influi na do outro, num complexo sistema de trocas. Muitas dificuldades que os pais tiveram quando pequenos são "reeditadas" no contato com os filhos.

Crenças, valores, maneiras de encarar e de viver a vida, noções do que é ser bons pais e bons filhos, tudo isso entra na composição do relacionamento

Percebemos que diante de todo esse contexto, a comunicação não depende só de uma pessoa; depende do tipo de relação que se estabelece com os outros. É importante estar atento aos diversos tipos de com comunicação que desenvolvemos com as pessoas que nos cercam. Examinemos as pessoas que nos ajudam, as que complicam, as que caminham bem e àquelas que nos causam problemas. Precisamos ser mais coerentes, abertos, autênticos para cada situação, facilitando, assim, o processo de comunicação

quarta-feira, 16 de março de 2011

Transtorno de Déficit de Atenção




Todo mundo conhece, pelo menos, um menino ou uma menina que na escola distrai-se com facilidade durante as aulas, perde coisas necessárias para as atividades, comete erros por descuido em tarefas, não consegue seguir instruções, não finaliza deveres escolares, apresenta baixo desempenho, vive "a mil por hora" ou age como se estivesse "ligado na tomada". Na família, tira o sossego dos pais, fazendo-os se desdobrarem para manter o mínimo de obediência e limite, assim como os leva a uma preocupação constante por viver "no mundo da lua" e não fazer as coisas direito.

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é um distúrbio neurológico, de causas genéticas, caracterizado por sintomas de distração, inquietude e impulsividade. Precisa ser diagnosticado por um neuropediatra ou psiquiatra e ser tratado com psicoterapia e medicamentos.

O TDAH parece ser resultado do processamento irregular de informações nas áreas cerebrais responsáveis pela emoção e pelo controle dos impulsos e dos movimentos. Mas essas variações não indicam nenhum comprometimento mental. Os sintomas típicos de desatenção, hiperatividade e agitação aparecem em todas as idades, até mesmo em adultos, mas com uma disparidade considerável em crianças com 06 a 16 anos. Sabe-se que cerca de 30% dos meninos e 15% das meninas vão desenvolver distúrbios de aprendizado quando estiverem na metade da adolescência. A agitação física normalmente se reduz no adolescente, mas a falta de atenção permanece, e, muitas vezes, se associa a comportamentos antissociais e problemas emocionais. As crianças mostram-se esquecidas ou impacientes.

A falta de controle dos impulsos se manifesta em decisões precipitadas. Ainda assim, crianças com TDAH, muitas vezes, comportam-se de modo perfeitamente normal em situações novas, principalmente se tiverem pouca duração e envolverem contato direto com pessoas agradáveis, ou forem estimulantes. Antecedentes como temperamento difícil ou transtornos de sono ou apetite já foram detectados em crianças com menos de 3 anos que depois foram diagnosticadas com TDAH, mas não é possível fazer uma avaliação definitiva nos primeiros 3 anos de vida.

Atualmente é possível identificar o problema segundo um conjunto de características que o diferenciam do comportamento adequado para cada idade. Mesmo assim, as discussões sobre o exagero no diagnóstico e sobre o melhor tratamento estão mais acirradas que nunca. O ideal é que, comprovado o diagnóstico de TDAH, família e escola busquem promover as adequações necessárias à formação da criança e do adolescente.

É preciso ter ciência de que o ritmo e os estímulos são diferentes. Por outro lado, não significa que os mesmos devam ser abandonados a sua própria vontade. Pelo contrário, é necessário estabelecer uma rotina clara e previsível do dia, como se fosse um roteiro provável a ser seguido. As normas das escolas e as regras de casa devem ser repetidas constantemente, para que sejam internalizadas.

É fundamental que o próprio indivíduo, com orientação e apoio, aprenda a organizar a sua vida e a cuidar bem das suas atividades diárias, sentindo-se melhor e mais confiante.

terça-feira, 15 de março de 2011

Como agir com os alunos envolvidos em um caso de bullying?


A escola não pode legitimar a atuação do autor da agressão nem humilhá-lo ou puni-lo com medidas não relacionadas ao mal causado, como proibi-lo de frequentar o intervalo.

Já o alvo precisa ter a autoestima fortalecida e sentir que está em um lugar seguro para falar sobre o ocorrido. "Às vezes, quando o aluno resolve conversar, não recebe a atenção necessária, pois a escola não acha o problema grave e deixa passar", alerta Aramis Lopes, presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Ainda é preciso conscientizar o espectador do bullying, que endossa a ação do autor. ''Trazer para a aula situações hipotéticas, como realizar atividades com trocas de papéis, são ações que ajudam a conscientizar toda a turma.

Brinquedo diverte e faz....


Brinquedo e brincadeiras que envolvem criatividade, coordenação, concentração e movimentos são essenciais no desenvolvimento físico e mental das crianças.

Desde os primeiros momentos de vida, a criança deve ter contato com os brinquedos, pois eles exercitam a linguagem, o pensamento, a imaginação e a percepção das coisas. Os brinquedos também ajudam na recuperação de crianças com problemas motores, patológicos, mentais ou, até mesmo, com sequelas resultantes de algum trauma.

Brincar deve ser um ato presente em todas as fases do desenvolvimento infantil. A criança que não brinca não se desenvolve satisfatoriamente. O bebê só pode recriar algo que já foi vivido por ele, e, a princípio, é a mãe que lhe fornece as experiências que ele deseja recriar.

As crianças mais novas, dos dois aos quatro anos, devem brincar com jogos de montar e desmontar, de encaixe, de faz de conta e de formas, que ajudam a estimular nelas a coordenação motora e o desenvolvimento físico e intelectual.

Com objetos e o uso que criança fará deles, surgirá espaço para que a fantasia e a realidade, a subjetividade e a objetividade se misturem, desenvolvendo, assim, o dom da imaginação.

Dos quatros aos seis anos, os jogos com massinha, bola, fantoches, argila, entre outros contribuem para a alfabetização e o crescimento muscular da criança. Já a partir dos sete anos, começa o interesse por esportes, dança, música e jogos mais elaborados, que contribuem para uma melhor percepção e definição de detalhes visuais e auditivos.

É preciso que a criança tenha espaço para criar, momento em que ela aprende brincando. Infelizmente os brinquedos de alta tecnologia têm "roubado" o espaço dos que são verdadeiramente importantes ao desenvolvimento infantil, pois estes proporcionam à criança uma maior chance de desenvolver sua criatividade e criticidade. Com a brincadeira, a criança ainda aprende a resolver seus pequenos problemas, o que a torna mais segura e com mais autonomia.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Dia da poesia

ESPECIAL

Era uma vez... poesias
Explore a linguagem poética com base nesta coletânea de 20 poemas e canções publicadas em NOVA ESCOLA e em edições especiais. Boa leitura!

A chuva
Poema escrito por Arnaldo Antunes e ilustrado pela grafiteira Nina.
Andarilhos
Prosa poética de Francisco Marques, Chico dos Bonecos, ilustrada por Ivan Zigg.
A seca e o inverno
Cordel escrito pelo poeta Patativa do Assaré e ilustrado por Joana Lira.
Confusões do Seu José
Poema da pedagoga e escritora Lídia Izecson de Carvalho, ilustrado por Miki W.
Emas
Poema escrito por Manoel Barros e ilustrado com instalação de Siron Franco.
É sempre era uma vez...
Poema escrito por Elias José, com ilustração do artista gráfico Marcello Araújo.
Meu amigo dinossauro
Poema escrito pela paulistana Ruth Rocha e ilustrado por Renato Alarcão.
Morada do inventor
Poema de Elias José, ilustrado com objeto feito por Alessandra Kalko.
O espelho e a perua
Poema da escritora e pedagoga Flávia Muniz, ilustrado por Ionit Zilberman.
O que é, o que é?
Poema do jornalista Armando Nogueira, extraído do livro O Homem e a Bola.
Paisagem de Brodósqui
Poema escrito por Fátima Miguez, extraído do livro Paisagens Brasileiras.
Picasso
Poema de Adriana Abujamra Aith, ilustrado pelo artista plástico Biry Sarkis.
Poema para Dalí
Poema escrito por Kátia Canton com ilustração de André Davino.
Quadrilha da Sujeira
Poema de Ricardo Azevedo, do livro Você diz que sabe muito, borboleta sabe mais.
Quem tem medo de

dizer não?
Poema de Ruth Rocha, com ilustração de Ivan Zigg.
Sozinha
Poema de Adriana Abujamra Aith e Ieda Abbud, ilustrado por Fábio Cobiaco.
Eu, hein!
Canção do escritor e ilustrador Ivan Zigg, autor de Só um Minutinho, entre outros.
Lado bom
Canção escrita por Ferréz e ilustrada pelos grafiteiros Jana Joana e Vitché.
Na casa do cozinheiro
Canção composta por Hélio Ziskind e ilustrada pela artista plástica Ionit Zilberman.
Samba do Aproach
Canção escrita por Zeca Baleiro e ilustrada pelo cartunista Fido Nesti.

Coisas que apendi com você


"Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você pegar o primeiro desenho que eu fiz e prendê-lo na geladeira e imediatamente, eu tive vontade de fazer outro para você.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando comida a um gato de rua, e eu aprendi que é legal tratar bem os animais.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazer meu bolo favorito e eu aprendi que as coisas pequenas podem ser as mais especiais na nossa vida.

Quando você pensava que eu não estava olhando, ouvi você fazendo uma oração, e eu aprendi que existe um Deus com quem eu posso sempre falar e em quem eu posso sempre confiar.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazendo comida e levando para uma amiga que estava doente, e eu aprendi que todos nós temos que ajudar e tomar conta uns dos outros.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando o seu tempo e o seu dinheiro para ajudar as pessoas mais necessitadas e eu aprendi que aqueles que têm alguma coisa devem ajudar quem nada tem.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu senti você dando um beijo de boa noite e me senti amado e seguro.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você tomando conta da nossa casa e de todos nós, e eu aprendi que nós temos que cuidar com carinho daquilo que temos e das pessoas que gostamos.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi como você cumpria com todas as suas responsabilidades, mesmo quando não estava se sentindo bem, e eu aprendi que tinha que ser responsável quando eu crescesse.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi lágrimas nos seus olhos, e eu aprendi que, às vezes, acontecem coisas que nos machucam, mas que não tem nenhum problema a gente chorar.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi que você estava preocupada e eu quis fazer o melhor de mim para ser o que quisesse.

Quando você pensava que eu não estava olhando, foi quando eu aprendi a maior parte das lições de vida que eu precisava para ser uma pessoa boa e produtiva quando eu crescesse.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu olhava para você e queria te dizer: obrigado por todas as coisas que eu vi e aprendi quando você pensava que eu não estava olhando!"

domingo, 13 de março de 2011

Medo


O medo, seja ele real ou não, provenha ele de perigos internos ou externos, está ligado ao sentimento de desamparo e impotência que o indivíduo experimenta desde o seu nascimento e ao longo do penoso e difícil caminho que percorre rumo ao amadurecimento.

Quando um medo irracional de situações que estão longe de representar uma ameaça real se torna persistente resultando em um evitamento de forma consciente de objetos, atividades, situações ou animais, damos-lhes o nome de fobia. A fobia implica em um aumento de ansiedade, até um limite que impeça a pessoa de exercer suas atividades normalmente, pois provoca um intenso mal-estar, quase sempre acompanhado de sintomas físicos desagradáveis como aceleração dos batimentos cardíacos, sudorese, falta de ar, ondas de calor ou de frio, vertigem, palpitações, formigamento, entre outros. Também pode provocar uma sensação de morte eminente.

Muito embora possa se desenvolver fobia a qualquer coisa, existem três tipos básicos de fobia, são eles: a agorafobia, que é o medo mórbido de se achar sozinho em grandes espaços abertos ou de atravessar lugares públicos ou de viajar desacompanhado; a fobia social, que aparece em situações de exposição pública como ser apresentado a alguém, participar de reuniões, falar em público, escrever ou simplesmente assinar um cheque na frente de outras pessoas; as fobias específicas que correspondem aos medos irracionais e persistentes na presença ou por antecipação de situações específicas, como andar de elevador, viajar de avião, tomar injeções, ficar em lugares fechados, dentre tantos outros.

Para Freud, medo, ansiedade e angústia são sentimentos próximos e que em muitos momentos se confundem. O psicanalista considerou que o determinante fundamental da ansiedade é a ocorrência de uma situação traumática, ou seja, uma experiência de desamparo frente ao acúmulo de excitação de origem externa e/ ou interna e com a qual o ego da criança, ainda imaturo, não pode lidar. Portanto, em momentos subsequentes na vida, a ansiedade pode surgir como sinal de uma resposta do ego a uma situação de perigo que guarda semelhança com a situação traumática inicial.

Justamente pela grande dependência que o ser humano tem ao nascer, por ser imaturo e incapaz de prover sua própria sobrevivência, fazendo-se imprescindível a presença de alguém que possa assumir os cuidados necessários para o crescimento, é que os perigos externos e ou internos são facilmente detectados pelo ego. Para Freud, estes perigos modificam-se de acordo com a fase de desenvolvimento da criança, mas possuem uma característica comum: a separação ou perda do objeto amado ou perda do seu amor.

Melanie Klein, em sua forma particular e criativa de descrever o aparelho mental, supôs que a vida psíquica é determinada pela polarização entre pulsões de vida e pulsões de morte. Por pulsão de vida referiu-se aos aspectos amorosos e integradores e por pulsão de morte, aos aspectos agressivos e desagregadores. Considerou que ambos são inatos e estão presentes na mente desde o nascimento. Diferente de Freud, Klein não falou de fases do desenvolvimento, mas descreveu dois modos de funcionamento mental que denominou de posições: a posição esquizoparanoide e a posição depressiva. A cada uma delas designou um tipo de ansiedade, ou como também se pode dizer, de medo.

Na posição esquizoparanoide encontra-se a ansiedade persecutória que corresponde aos temores de se sentir à mercê dos perigos internos e externos e de suas ameaças. É sentida como medo do aniquilamento e assume a forma de medo de perseguição. À medida que a criança vai se sentindo mais segura e que as experiências de satisfação predominam sobre as de frustração, ela se dá conta de sua dependência da mãe, e é justamente quando, de acordo com essa autora surge a posição depressiva. Ao perceber sua dependência, a criança passa a temer a perda deste objeto amado que lhe proporciona vida e segurança, então eclode a ansiedade de separação, ligada aos medos da perda do objeto amado e de seu amor.

Seguindo outra linha de pensamento, Donald Winnicott, psicanalista inglês, sublinhou o papel do ambiente no desenvolvimento da criança. Para ele, quando um bebê nasce é um somatório de partes físicas e psíquicas que se encontram em um estado de não integração, que implica em uma "não consciência". A integração do ego se faz a partir deste estado primário não integrado, e é construída gradativamente mediante o contato do bebê com a mãe, dando a ele a noção de que é uma unidade coesa e integrada em si mesma. Esta experiência leva a outra: a da diferenciação.

Para que este estado de integração, que é conquistado gradualmente, ocorra, o bebê precisa contar com um ambiente favorável e com uma mãe, que Winnicott denominou de "suficientemente boa", ou seja, que a mãe por meio do seu cuidado e manejo, possa prover seu bebê e proporcionar seu desenvolvimento rumo à integração e à independência. Quando a mãe não consegue proporcionar ao bebê esse desenvolvimento satisfatório, o estado de integração não se solidifica, produzindo na criança sentimentos de ansiedade, ou de medo, que Winnicott classificou como do tipo psicótico, que são: medo da desintegração, terror de cair no vazio, de despedaçar-se e de não sentir-se conectado com o próprio corpo.

Este breve passeio por algumas das mais importantes teorias psicanalíticas mostram que o medo, seja ele realístico ou não, provenha de perigos internos ou externos, está ligado ao sentimento de desamparo e impotência que o indivíduo experimenta desde o seu nascimento e ao longo do penoso e difícil caminho que percorre rumo ao amadurecimento.


A agoratobia é o medo mórbido de se achar sozinho em grandes multidões e em grandes espaços abertos, tais como lugares públicos de comum visitação em nosso cotidiano.

A fobia se reflete em alguns sintomas fisicos, como aceleração do batimento cardíaco, falta de ar, sensação de desmaio, entre outros malefícios. Isso graças ao forte efeito da ansiedade e do estresse que o excesso de medo causa.

A criança teme a perda do objeto amado que lhe proporciona vida e segurança.

sábado, 12 de março de 2011

Contrução do eu social


A adaptação às normas consideradas socialmente éticas faz parte do processo evolutivo, iniciado na primeira infância. Segundo THIERS, o sujeito social vive dois momentos de nascimento: o nascimento biológico e o nascimento social. Este último é considerado o primeiro acesso à sua condição de adulto e à sua entrada na cultura. Assim, uma boa integração e um bom relacionamento entre pais e filhos são imprescindíveis nessas primeiras etapas da vida.

Cabe aos pais e, de maneira especial, à mãe ou àquele que faça essa função modificar os impulsos primários e narcisistas da criança, a fim de transformá-los em hábitos e normas de comportamentos socialmente aceitos. Mas, para que isso aconteça , é preciso agir com amor e firmeza.

A criança precisa dos parâmetros dos adultos, mesmo que não os entenda. Ainda não está na fase de formular respostas complexas. É extremamente difícil dosar, na medida certa, disciplina e tolerância de forma a produzir o efeito desejado, porque é preciso levar em consideração não apenas as normas gerais de educação, mas as diferenças individuais. Segundo Freud, "romper com vínculos familiares, sair de grupos fechados e entrar em grupos maiores é o que permite ao sujeito ser social".

Nas relações afetivas bem estruturadas, não se perde o outro simplesmente por desagradar-lhe. Não será por estabelecer limites para nossos filhos que vamos perdê-los. Isso não corresponde ao que temos visto na prática da vida familiar, da clínica e da escola.

Pessoas que se esquivam de dar às crianças limites, com receio de perder o seu afeto, estão, de fato, provocando danos para a educação, pelo fato de negar-lhes referenciais necessários e tranquilizadores; além disso, estão, ainda, contribuindo para aumentar as resistências à aceitação dos limites, dos desafios do cotidiano. A hipersolicitude dos pais, somada à falta de não e ao excesso de sim, impossibilita o surgimento da disciplina, da gratidão, da religiosidade e da cidadania. É fazendo laço social que a criança se confronta com seus limites e possibilidades, e essa superação permite a sua entrada na cultura e, até, a formação de sociedades, a vivência em coletividade.

A saída da ordem familiar para o ingresso nas formas mais amplas de vivência social exprime o modo de compreender a estruturação da criança regida pela lei paterna. Sabe-se que a autoridade e a lei se materializam para a criança, no espaço social, através da incorporação de normas estabelecidas, veiculadas por meio de organismos sociais específicos.

Se a criança aprende, desde pequena, a ter disciplina e a cuidar das pessoas ou do ambiente em que vive, ela irá adquirir autonomia. Assim se conquista a liberdade. Disciplina nada mais é do que uma capacidade organizacional para resolver bem as questões do dia a dia.

Autonomia não significa o mesmo que individualismo ou liberdade para fazer o que se quer; significa coordenar os diferentes fatores relevantes, para agir da melhor maneira. Assim, não existe um momento específico para se trabalhar a educação moral, a disciplina. Estas serão adquiridas pela criança durante sua convivência diária, desde pequena, com o adulto, com seus pares, com as situações escolares.

Desde pequena, a criança precisa ir aprendendo as normas de convivência. Ela precisa aprender que seu desejo não é lei; que ela não pode fazer o que quiser, pois, do contrário, não saberá conviver com pessoas que têm pontos de vista e hábitos diferentes do dela. Esses limites servem de parâmetros para os relacionamentos que se estabelecem; garantem a justiça e auxiliam a cooperação e a convivência, preparando-a para viver um mundo real.

A troca de ideias e as argumentações que ocorrem através do diálogo auxiliam a descentralização da criança e fazem com que ela vá percebendo os diferentes pontos de vista, ampliando seu modo de perceber o mundo. O mais construtivo é colocar o problema para a criança, de forma descritiva, de maneira que ela apresente as propostas de resolução, num exercício de reflexão.

Muitas vezes, precisamos de fatos tristes para refletirmos sobre a necessidade de realizarmos mudanças na maneira como estamos educando nossas crianças, que estão se transformando em pequenos ditadores, voltados à satisfação de seu desejos mais primários, de forma individualista.

Sob quaisquer condições, é preciso dar às crianças limites, explicando-lhes as razões lógicas, mesmo sem esperar que elas aceitem. Será apenas a introdução à extensa caminhada da maturação pessoal. Não esperemos das crianças a perfeição. Nem de nós. Uma coisa é certa: uma criança sem limites se torna ansiosa, exigente, supersolícita, porque fica sem referencial para suas ações.

É difícil para uma pessoa que não aprendeu a lidar com os limites estabelecer relações interpessoais harmoniosas. A ausência de limites cria indisposições em qualquer relacionamento, invade, inibe e rechaça as pessoas do convívio com as outras. As pessoas sem limites são alvo da rejeição e da indiferença dos outros ou têm de se confrontar com a agressão das que se sentem invadidas, agredidas e desrespeitadas.

Por mais difícil e incômodo que seja dar limites aos nossos filhos, trata-se de uma ação necessária e estruturante para lhes dar condições de desenvolvimento saudável nas relações com as pessoas e com o mundo. Dessa forma, proporcionaremos os melhores instrumentos para a integração das crianças no convívio social.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Livro que faz chorar....


Uma livreira me contou. Um pai comprou o livro O Patinho Que não Aprendeu a Voar para o seu filho. No dia seguinte voltou muito bravo, trazendo o livro de volta. "Meu filho chorou ao final do livro. Ainda chora quando se lembra do patinho que não aprendeu a voar. Isso é livro para se dar a uma criança?"

Eu compreendo. Ele quer que seu filho só tenha alegrias. Ele quer que os livros que seu filho lê sejam engraçados e façam rir. As crianças não deveriam ler livros que fazem chorar.
Mas tristeza não é coisa ruim. A poesia brota da tristeza. Escrevi muitas estórias alegres e que fazem rir. Mas as que mais amo são aquelas que fazem chorar.

Por que é que o menininho chorou? Porque ele sentiu aquilo que minha neta sentiu. Vocês se lembram do que ela falou, em meio às lágrimas: "Vovô, eu não consigo ver uma pessoa sofrendo sem sofrer. Quando vejo uma pessoa sofrendo o meu coração fica junto ao coração dela...". Ela e o menininho sentiram compaixão. Seus corações ficaram junto ao coração de alguém ou de algum bichinho que estava sofrendo. Sofreram um sofrimento que não era seu.

Tenho estado a me perguntar: como ensinar a compaixão? De que vale conhecimento sem compaixão? Somente o conhecimento com compaixão cria a bondade. E uma sociedade onde não existe a bondade não é digna de que vivamos nela. Como a nossa, em que a bondade foi espremida nos cantos e as ruas se encheram de medo.

Gandhi relata que a experiência que mudou o seu coração foi a leitura de um livro. Ele era ainda um adolescente. O livro o comoveu tanto que ele queria ser como o herói, nobre e generoso. Esse sentimento o acompanhou pelo resto de sua vida. Seu coração ficou junto ao coração do herói. E não importava que o herói nunca tivesse existido, que fosse apenas uma ficção literária. Pois é isso que a literatura faz: ela se desprega da vida real para dar-lhe um sentido.

Livros engraçados são bons. O riso tem a importante função de mostrar que o rei está nu. Mas não conheço nenhum caso de uma pessoa que tenha sido transformada por um livro engraçado. O riso provoca crítica, mas não provoca compaixão.

Pensei então que essa poderia ser uma das maneiras de se ensinar compaixão: lendo-se para o aluno ouvir. Mas para que as estórias façam os seus milagres é preciso que o ouvinte seja possuído pelas palavras e levado ao sabor da voz de quem lê a estória.

Fiquei então pensando que seria melhor que gastássemos menos tempo com gramática e análise sintática, e mais tempo com a leitura. Leitura sem testes de compreensão, sem interpretações, o que é que o autor queria dizer etc. Pura emoção. Um texto não interpretado permanece vivo para sempre, como um enigma que nos comove todas as vezes que o lemos. Mas um texto interpretado é um texto esgotado do seu mistério, esquartejado sobre a mesa de anatomia da linguagem.

Eu gostaria de conversar com o pai do menino que chorou ao ler O Patinho Que não Aprendeu a Voar. O menino entendeu. Sentiu compaixão. Mas o pai não entendeu. Ou, quem sabe, ele ficou bravo não pelo choro do seu filho, mas por ter, ele mesmo, sentido vontade de chorar — mas não chorou de vergonha...



Rubem Alves

quinta-feira, 10 de março de 2011

Família, porfessor, escola....



Familia, professor e escola: vínculos afetivos, limites e autoestima na aprendizagem.

"A gente não cria paciência porque não acostuma com a criança."

Ouvi a frase acima de um pai, ao tentar explicar por que ele tem tido dificuldade em educar sua filha, que passa o dia inteiro na escola. Justificava-se e propunha que a professora, que fica o dia inteiro com a sua filha, desse os limites e as regras; e ele, que só a vê à noite, desse os carinhos e os mimos.

A professora argumentava que o trabalho educativo dos pais era insubstituível e indispensável. Ela estava pedindo aos pais que ajudassem a menina a organizar seu horário de estudo, pois ela não estava conseguindo...

Como mediadora, lembrei o pai que a escola é uma grande parceira da família ou a família é a grande parceira da escola. Tanto faz a ordem em que se coloque, pois o mais importante é que ambas cumpram com o seu papel educador.

Tanto a família quanto a escola devem viabilizar relações pautadas na afetividade e no adequado desempenho de papéis. Ao viverem ora como aluno, ora como filho, aprendem as normas sociais e éticas e compreendem o seu lugar no mundo. Contudo, se os adultos se eximirem de sua tarefa educativa, como a criança se construirá "sujeito" e como entenderá o mundo e seu funcionamento?

O que uma família tem que fazer nenhuma escola consegue substituir, por melhor que seja; o que a escola tem que fazer, as famílias não conseguem, mesmo sendo educadoras.

A família tem o papel de acolher a criança e promover individuação e pertencimento. No convívio diário, nas conversas, na forma de proceder diante das rotinas do dia a dia é que a criança compreende os mitos, as crenças, os ritos de sua família, assim como a forma deles de viver e conviver.

A escola tem o papel de socializar o conhecimento e as relações. Ela precisa promover um espaço educativo propício aos riscos de acertar e errar, de levantar hipótese, de discorrer o pensamento, enfim, um espaço de aprendizagem. Esse contexto é individual e coletivo, é solitário e participativo. Torna-se, portanto, fundamental o grupo, as trocas, as diferenças. Diante desse movimento, é fácil entender que o grupo funcionará regido por normas e por regras de funcionamento, colorido pelo tom e pela temperatura das relações afetivas.

A escola é uma instituição do domínio coletivo, dos grupos, das trocas, e a família, é do domínio do mais reservado, do particular e do especifico.

Tanto os pais quanto os professores devem ter claro que a afetividade, segundo Wallon, é construída a partir da qualidade das relações que a criança estabelece e é determinante para a construção da personalidade. À medida que a criança vai crescendo e se desenvolvendo, vai ampliando sua capacidade relacional e afetiva. A afetividade se manifesta através das emoções e dos sentimentos.

O que organiza as relações são os limites, as fronteiras relacionais que estabelecemos com as pessoas. Fronteiras nítidas desenvolverão relações adequadas e respeitosas. Fronteiras difusas desenvolverão relações misturadas e caóticas. As fronteiras rígidas desenvolverão relações distanciadas e autoritárias.

Portanto, precisamos prestar atenção em como estabelecemos nossas relações. Promovemos autonomia ou simplesmente controlamos nossos alunos e filhos? Fazemos encaminhamentos? Damos-lhes as regras ou fazemos por nossos alunos e filhos para encurtar o caminho e não nos estressar?

Volto a afirmar que se viver fosse um jogo, seria um jogo de regras. No entanto, para se jogar esse jogo, é preciso acreditar que vale a pena esse compartilhamento. Só o amor não educa, mas não se educa sem amor!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Amigos e as diferenças




Como sabemos, a adolescência é considerada um processo de transição para a vida adulta, embora já não se viva num corpo de criança, tampouco se experimenta a liberdade dos mais velhos. Seus desafios são colocados diariamente à prova: questionamento de valores, desvinculação afetiva das figuras parentais, busca pelos amigos, apego aos bens de consumo, dentre outros.

Durante esse período, é em contato com o outro-social (com os pais-familiares e posteriormente com amigos e colegas), que se dá a própria formação da identidade, perpassada por fatores econômicos, sociais, educacionais, políticos e culturais (Ozella, 2003). Nesse processo, autores argumentam que o adolescente deixa um pouco de lado a família, sem abandoná-la completamente, para iniciar relações extrafamiliares. Essas relações talvez sejam um dos aspectos mais notórios da adolescência, pois através delas é possível ao jovem a amplificação e diversificação de sua rede de relações sociais.

O grupo de amizade assume, assim, significativo valor, com o qual o adolescente estabelece, a princípio, uma relação baseada na intimidade e na homogeneidade, marcada pela confiança e reciprocidade; com relações horizontais igualitárias (diferindo das relações hierárquicas costumeiramente presentes na relação com os pais), nas quais se desenrolam possíveis discussões sobre, por exemplo, namoro, drogas, estudos e amizade; e o questionamento de regras e valores familiares para futura reformulação dos seus. A amizade apresenta com isso, um leque de exploração do campo social, possibilitando a vivência de experiências diversas que ajudarão o adolescente no processo de construção de sua identidade.

Como marcas de homogeneidade do grupo de amizades, a origem social semelhante, valores, jeitos e gostos em comum aproximam cada vez mais meninos e meninas nesse caminho. Contextualizando culturalmente essa perspectiva da amizade como relação com o "igual", para Rezende (2002) tal idéia condiz com o ideal Ocidental Moderno, cujas relações tendem a ser fechadas, invariáveis (no sentido de compartilhamento de opiniões, crenças, por exemplo), caracterizadas pelo conformismo e pela não abertura ao diferente.

Dessa forma, o relacionamento com o diferente se torna cada vez mais distante e pouco usual. O perigo é que muitas vezes crescem e sustentam-se práticas de intolerância frente ao outro/diferente, mesmo quando esse é do seu meio de amizades.

Portanto, para os adolescentes, porém não somente para estes, muitas vezes pensar na figura do diferente remete a inquietações, angústias de não aceitação e de atribuição de desigualdades, como já dito anteriormente, a desigualdade que exclui.

A demarcação do que é legitimado pelo grupo constrói subjetividades, enfatiza e reafirma estereotipias, e produz práticas que reproduzem as desigualdades intergrupais. Essas estereotipias na maioria das vezes se cristalizam em rótulos, com isso já não se lida mais com pessoas, mas sim com sua aparência, com a idéia a qual se remete. E nessa construção da subjetividade, o diferente assume o papel da referência contrária, pois se afirma uma identidade em oposição à figura da diferença.
Hausson (1998) nos lembra que é esse um dos maiores parâmetros de nossa civilização e de seu mal-estar: localizar a margem e constituir-se em oposição a ela, e tem como base o imaginário de seu país, o ideal de certo e errado, o aceito e o reprimido.

O que devemos propor é que a amizade, enquanto meio de vinculação social, seja um dos principais meios de se relacionar com o novo, com o diferente que surge ali bem perto, no seu próprio meio, no bairro, na escola, em casa; que seja ela uma forma de relação em que torna possível ao diferente integrar-se ao idêntico, sem abrir mão de sua qualidade de diferença inassimilável - e como tal fundante (Ulloa, 1998). É, pois, uma tentativa de lançar-se a um modo de ser menos individualista, abrir-se de uma relação estável do duplo, para a inquietude e estranheza da diferença que é também constitutiva da subjetividade.

A escola é um excelente ambiente para pensarmos nessa dimensão da amizade, e incentivarmos nossos alunos e filhos à ousadia de um novo percurso: o do respeito, da tolerância e aceitação das diferenças individuais dentro do seu próprio grupo de amizades. Talvez assim, possamos esperar jovens menos egoístas, mais tolerantes e abertos às perspectivas de um mundo integrado que queremos construir.

terça-feira, 8 de março de 2011

Crianças e o carnaval


CURIOSIDADES DO CARNAVAL

Na Roma antiga, havia festas para homenagear o deus Saturno; eram as chamadas saturnais. As escolas ficavam fechadas, os escravos eram soltos e as pessoas saíam às ruas para dançar. Carros parecidos com navios, que se chamavam “carrum navalis”, levavam homens e mulheres nus em desfile. Muitos dizem que pode ter vindo daí o termo carnavale. Fonte: Guia dos Curiosos – Brasil.

O carnaval é uma festa linda, onde a arte pode ser mostrada de muitas maneiras em bailes, festas de rua e desfiles alegóricos.

Nos bailes, o que mais encontramos são os famosos confetes e serpentinas que são jogados para o alto na hora da brincadeira. Ao som de marchinhas de carnaval de antigamente, todos se divertem e lembram como essa festa era comemorada há alguns anos atrás.

Com o passar do tempo, o carnaval foi tendo uma popularidade tão grande, que as festas de rua cresceram muito, e hoje é a forma de diversão mais encontrada em todo o país. A festa de carnaval de rua mais conhecida é a de Salvador, que leva milhares de pessoas atrás dos trio-elétricos que tocam axé durante os quatro dias de folia.

Pertinho dali, em Recife e Olinda, tem um dos carnavais mais populares do Brasil, com os famosos bonecos gigantes que também são seguidos por multidões.

No Rio de Janeiro e em São Paulo, a festa é um pouco diferente. Ela acontece nos sambódromos onde as escolas de samba desfilam com lindas fantasias e carros alegóricos que contam alguma história. Existe até um júri que vota na melhor escola de samba do ano. As melhores ainda fazem outro desfile para comemorar o sucesso de ter agradado ao público e aos jurados.

As pessoas usam máscaras e fantasias de todos os tipos. Algumas simples, outras mais luxuosas, mas todas com a mensagem de que a brincadeira e a magia do carnaval são especiais de todos os jeitos.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Bom feriado!


the answer my friend is blowin the win......

quinta-feira, 3 de março de 2011

Autonomia



A autonomia baseia-se no nível de segurança estabelecido no primeiro relacionamento social (mãe, pai e bebê). Este é considerado o ponto mais influente na criação de protótipos internos que ajudarão a criança a moldar, nos anos seguintes, os laços interpessoais íntimos.

Uma criança segura é, consequentemente, mais competente e madura social e cognitivamente, o que a conduz a uma elevada autoestima e a um maior autoconhecimento, fazendo-a transportar para sua personalidade uma maior confiança, cooperação, sociabilidade, tolerância à frustração, capacidade de solucionar problemas e de conquistar a independência.

A construção da autonomia será possível em um ambiente democrático, constituído por relações de respeito mútuo, possibilitado pelas trocas sociais. Daí a grande importância do trabalho na educação infantil, já que esta desempenha um papel importante no desenvolvimento da criança. Assim sendo, as Diretrizes Curriculares Nacionais (CEB 22/98) – para esse nível de ensino - possuem a tarefa de nortear as propostas curriculares e os projetos pedagógicos, estabelecendo paradigmas para a própria concepção dos programas de cuidado e educação, visando, acima de tudo, à qualidade.

É na primeira infância que o desenvolvimento da autonomia se torna condição necessária para a construção de uma personalidade saudável, a fim de que, em outras fases da vida, o indivíduo se torne capaz de resolver situações conflitantes, de forma crítica e assertiva. Na escola, são proporcionadas a ele atividades que lhe possibilitem vivenciar experiências diversas, fazendo escolhas, sociabilizando descobertas e seguindo à conquista da sua autonomia.

Para o sucesso do trabalho, a escola conta com a parceria da família. Conhecer a especificidade de cada criança e o modo como ela pensa, age e constrói conhecimentos favorecerá o seu desenvolvimento global. Permitir que a criança realize atividades domésticas, escolares e de lazer, respeitando sua maturidade, exercitará nela sua independência e responsabilidade. É um trabalho sistemático, que requer tempo, paciência e treino. Exige uma edificação de tudo que foi adquirido ao longo de muitas interações (alicerces cognitivos e fisiológicos).

Na maioria das vezes, os pais querem ver os filhos autônomos de um momento para outro, sem lhes terem ensinado. Esse ensinamento deve ser reforçado, assim como aprender a falar e a andar, por tentativas de erros e acertos. Como tantas outras, a autonomia é uma aquisição que a criança tem potencial para realizar. É necessário fazer investimentos!

Ana Beatriz Asfora

quarta-feira, 2 de março de 2011

Como dar lmites aoosfilhos?


As crianças precisam de limites. Como educar com disciplina nossos filhos. Uma disciplina eficaz na hora de aplicar limites aos nossos filhos é o mais importante. Se apresentamos uma boa regra, nosso filho estará disposto a cumpri-la porque o que eles querem é nos agradar.

Não estamos preparados para estabelecer limites. alta-nos habilidade para fazê-lo. Falamos demais, exageramos na emoção, e em muitos casos, equivocamo-nos na nossa forma de expressar com clareza e demasiada autoridade. Quando necessitamos dizer aos nossos filhos que devem fazer algo e “agora” (recolher os brinquedos, ir para a cama, etc.), devemos ter em conta alguns conselhos básicos:

Devemos ter objetividade
É frequente ouvir de nós mesmos e de outros pais, expressões como “comporte-se bem”, “seja bom”, ou “não faça isso”. As expressões significam diferentes coisas para diferentes pessoas. Nossos filhos nos entenderão melhor se dermos nossas ordens de uma forma mais concreta. Um limite bem específico diz a uma criança exatamente o que deve ser feito. “Fale baixinho na biblioteca”; “Dê de comer ao cachorro agora”; “Segure na minha mão para atravessar a rua”. Esta é uma forma que pode aumentar substancialmente a relação de cumplicidade com seu filho.

Ofereça opções
Em muitos casos podemos dar aos nossos filhos uma oportunidade limitada de dizer como cumprir suas ordens. A liberdade de oportunidade faz com que uma criança sinta uma sensação de poder e controle, reduzindo as resistências. Por exemplo: “É hora do banho. Você quer tomar banho quente ou frio?”; “Está na hora de se vestir. Você escolhe sua roupa ou quer que eu escolha?”. Esta é uma forma mais fácil e rápida de dizer a uma criança exatamente o que fazer.

Sejam firmes
Em questões realmente importantes, quando existe uma resistência à obediência, necessitamos aplicar a disciplina com firmeza. Uma disciplina firme diz a uma criança que ela deve parar com tal comportamento e obedecer suas ordens imediatamente. Por exemplo: “Vá para o seu quarto agora”, ou “Pare! Os brinquedos não são para atirar”. Os limites firmes são melhor aplicados com uma voz segura, sem gritos, e um sério olhar no rosto. Os limites mais suaves supõem que a criança tem opção de obedecer ou não. Exemplos de limites leves: “Por que não leva seus brinquedos para fora daqui?”; “Você deve fazer as tarefas da escola agora”; " Venha pra casa agora, está bem?” e “Eu realmente gostaria que se limpasse”. Esses limites são apropriados para momentos quando se deseja que a criança aja num certo caminho. De qualquer modo, para essas poucas obrigações, “deve estar feito”, você será melhor cúmplice do seu filho se lhe aplica uma ordem firme. A firmeza está entre o suave e o autoritário.

Acentue o positivo
Os meninos são mais receptivas em fazer o que lhes ordenam. Ordens como “não”, ou “pare” dizem a uma criança o que é inaceitável, mas não explica que comportamento realmente gostaria. Em geral, é melhor dizer a uma criança o que deve fazer (“Fale baixo”) antes do que não deve fazer (“Não grite”). Pais autoritários dão mais ordens “não”, enquanto os demais estão propensos a dar a ordem de “fazer”.

Mantenham-se à margem
Quando dizemos “quero que vá pra cama agora mesmo”, estamos criando uma luta de poder pessoal com nossos filhos. Uma boa estratégia é fazer constar a regra de uma forma impessoal. Por exemplo: “São 8 horas, hora de se deitar” e lhes ensine as horas. Neste caso, alguns conflitos e sentimentos estarão entre a criança e o relógio.

Explique o porquê
Quando uma pessoa entende o motivo de uma regra, como uma forma de prevenir situações perigosas para si mesmas e para outros, se sentirá mais animada a obedecê-la. Deste modo, quando se aplica um limite, deve-se explicar à criança o porque tem que obedecer. Entendendo a razão para a ordem, ajuda as crianças a desenvolverem valores internos de conduta ou comportamento – uma consciência. Antes de dar uma longa explicação que pode distrair as crianças, manifeste a razão em poucas palavras. Por exemplo: “Não morda as pessoas. Isso vai machucá-las”; “Se você joga fora os brinquedos das outras crianças, elas se sentirão tristes porque elas ainda vão querer brincar com eles”.

Sugira uma alternativa

Sempre que aplicar um limite ao comportamento de uma criança, tente indicar uma alternativa aceitável. Por fazê-lo, soará menos negativo e seu filho se sentirá menos em desvantagem. Deste modo, empenhe-se em dizer: “Não sei se você gostaria do meu batom, mas isso é para os lábios e não para brincar. Aqui você tem um lápis e um papel em troca”. Outro exemplo seria dizer: “Não posso te dar um caramelo antes da janta, mas posso te dar um sorvete de chocolate depois”. Oferecendo-lhe alternativas, a estará ensinando que seus sentimentos e desejos são aceitáveis. Este é um caminho de expressão mais correto.

Seja seriamente consistente
Uma regra concreta de limite é evitar uma ordem repetitiva. Uma rotina flexível (dormir às 8 da noite, às 8 e meia na próxima, e às 9 na outra noite) é um convite à resistência e se torna impossível se cumprir. Rotinas e regras importantes na família deveriam ser efetivas dia após dia, ainda que esteja cansado ou indisposto. Se você dá ao seu filho a oportunidade de contornar as suas regras, eles seguramente tentarão resistir.

Desaprove a conduta, não a criança
É necessário que deixemos claro para nossos filhos que nossa desaprovação está relacionada ao seu comportamento e não diretamente a eles. Não os estamos rejeitando. Longe de dizer “Criança má” (desaprovação da criança). Deveríamos dizer: “Não morda” (desaprovação da conduta). Em lugar de dizer “realmente não posso te controlar quando você age dessa maneira”, deveríamos dizer: “Essas latas não são para jogar fora. Devem permanecer na prateleira do armário”.

Controle as emoções
Os especialistas dizem que quando os pais estão muito irritados, castigam mais severamente e são mais propensos a ser verbamente e/ou físicamente abusivos com seus filhos. Existem fases que necessitamos agir com mais calma e contar até dez antes de agir. A disciplina é basicamente ensinar a criança como deve se comportar. Não se pode ensinar com eficiência se você é extremamente emocional. Diante de um mal comportamento, o melhor é respirar por um minuto e depois perguntar com calma: “o que aconteceu aqui?”. Todas as crianças necessitam que seus pais estabeleçam regras de conduta para o comportamento aceitável. Quanto mais mestres em aplicarmos os limites, maior será a cooperação que receberemos dos nossos filhos e menor será a necessidade de aplicar as disciplinas desagradáveis para que se cumpram. O resultado é uma atmosfera caseira mais agradável para os pais e filhos