quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Vida generosa

O que fazemos para nós mesmos, morre conosco; o que fazemos para os outros e para o mundo torna-se imortal. Permita-se ser inspirado, pois assim você estará também se capacitando a ser inspirado. Esteja aberto às críticas e você se colocará numa estratégica posição de aprimoramento. Permita-se ser desafiado e você será automaticamente compelido a crescer muito mais forte. Discipline-se a se manter focado e você estará se recompensando com grandes realizações. O tipo de rosto que você apresenta ao mundo determina o tipo de mundo que você vê e experimenta. Aquilo que você obtém nesta vida está diretamente conectado a como você é, a como você age e pela maneira como você pensa e sente. O mundo exterior é surpreendentemente um espelho exato da sua substância interior. As suas escolhas determinam as suas realidades de ambas maneiras: algumas são óbvias, outras, porém, se apresentam de maneira que você nem pode sequer imaginar. É impossível enganar a vida, portanto, nem tente. Em vez disso, coloque a sua energia e seus esforços numa maneira honesta, autêntica e generosa de viver. As coisas boas que brotam de você são constantemente transformadas em coisas boas e valiosas que voltam para você. Essa é a lei inexorável da vida. Dê e será dado a você! Nélio DaSilva

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Carroça Vazia

Certa manha, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silencio me perguntou: - Alem do cantar dos pássaros, você esta ouvindo mais alguma coisa? Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi: - Estou ouvindo um barulho de carroça. - Isso mesmo, disse meu pai, e uma carroça vazia . Perguntei ao meu pai: - Como pode saber que a carroça esta vazia, se ainda não a vimos? Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia; por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior e o barulho que faz. Tornei-me adulto, e ate hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com groceria inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e, querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo: "Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz..." Autor desconhecido

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O Homem e o Poder

O homem é o animal mais fácil de domar. Ele é facilmente enganado e seduzido por coisas superficiais como a beleza, a fama, o dinheiro, a reputação e o poder. Às vezes parecem tolos e, mesmo que se esforcem, não conseguem enxergar as coisas que acontecem à sua volta. A convivência do homem com o poder acaba lhe proporcionando todas as demais tentações. O requinte atrai a beleza. A escalada rumo a ascensão natural traz a fama que, às vezes, embriaga e proporciona o assédio e a bajulação! Nasce, então, o elogio fácil! O poder alivia mágoas, elimina frustrações, massageia o ego, satisfaz o espírito, dá garantias, segurança, encobre situações e mascara as até então transparentes verdades do homem. Todos os sintomas desse realismo fantástico podem, no entanto, ser medido e constatado quando o poder se vai. Não são muitos os homens que sabem conviver com o fascínio resultante do poder. Em menor quantidade são aqueles que sabem perde-lo! No auge, são poucos os homens que conservam os seus hábitos, as suas amizades e sentam-se à mesa como simples mortais. Felizes desses, porque serão sempre brindados pelos amigos que conquistaram, quando o poder se for. E o poder se vai! Quando o poder se vai, curiosamente vão-se os ‘amigos’ e com eles toda uma legião de oportunistas. Vale lembrar que, na gangorra dessa vida, um dia se sobe e no outro se desce. Essa alternância que a vida estabelece proporciona ao povo conhecer o verdadeiro caráter de um homem que teve o poder nas mãos. Proporciona também, e principalmente, ao homem avaliar as pessoas que vivem ao seu lado e à sua volta. (Ferreira Leite)

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Bar ruim é lindo, bicho. - de Antonio Prata

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de cento e cinqüenta anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de cento e cinqüenta anos, mas tudo bem.) No bar ruim que ando freqüentando ultimamente o proletariado atende por Betão – é o garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas, acreditando resolver aí quinhentos anos de história. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar “amigos” do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura. – Ô Betão, traz mais uma pra a gente – eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte dessa coisa linda que é o Brasil. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte dessa coisa linda que é o Brasil, por isso vamos a bares ruins, que têm mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gâteau e não tem frango à passarinho ou carne-de-sol com macaxeira, que são os pratos tradicionais da nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gâteau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, gostamos do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne-de-sol, uma lágrima imediatamente desponta em nossos olhos, meio de canto, meio escondida. Quando um de nós, meio intelectual, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectuais, meio de esquerda, freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim. O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e, um belo dia, a gente chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e, principalmente, universitárias mais ou menos gostosas. Aí a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevette e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo. Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantêm o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam cinqüenta por cento o preço de tudo. (Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato). Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocandoreggae. Aí eles se dão mal, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão Brasil, tão raiz. Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda em nosso país. A cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelos Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gâteau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda que, como eu, por questões ideológicas, preferem frango à passarinho e carne-de-sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca, mas é como se diz lá no Nordeste, e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o Nordeste é muito mais autêntico que o Sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é bem mais assim Câmara Cascudo, saca?). – Ô Betão, vê uma cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem? do livro As Cem Melhores Crônicas Brasileiras,ed Objetiva e organizado por Joaquim Ferreira dos Santos.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Casa ou Lar?

Casa é uma construção de cimento e tijolos. Lar é uma construção de valores e princípios. Casa é o nosso abrigo das chuvas, do calor, do frio… Lar é o abrigo do medo, da dor e da solidão. Numa casa criamos e alimentamos problemas. O lar é o centro de resolução de problemas. Numa casa moram pessoas que mal se cumprimentam e se suportam. Num lar vivem companheiros que, mesmo na divergência, se apóiam e nas lutas se solidarizam. Numa casa desdenha-se dos nossos valores. No lar sonhamos juntos. Numa casa nascem muitas lágrimas. Num lar plantam-se sorrisos. A casa é um nó que oprime, sufoca… O lar é um ninho que aconchega. Se você ainda mora em uma casa, te convido a transformá-la, com urgência, em um lar. Texto de: Abigail Guimarães (inspirada numa reflexão de Alba Magalhães David).

domingo, 6 de janeiro de 2013

Jamais se arrependerás

Jamais se arrependerás Jamais se arrependerás de ter refreado a língua, quando teve. Vontade de dizer o que não convinha ou o que não era verdade. De não ter julgado com severidade os atos alheios, ignorando. A real motivação de cada ser. Jamais se arrependerás de ter perdoado aqueles que te magoaram. De ter cumprido pontualmente suas promessas. Jamais se arrependerás de ter suportado com paciência as faltas alheias. De ter ignorado as mentiras e as maledicências que te chegaram aos ouvidos. Jamais se arrependerás de ter pedido perdão pelas faltas cometidas. De ter reparado o mal que causastes. De ter pensado antes de falar. De ter honrado a teus pais, agindo com gratidão por todo o bem que deles recebestes. De ter sido cortês e honesto em tudo e com todos. Jamais se arrependerás de ter ensinado algo de bom e de verdadeiro a uma criança. De ter sido capaz de cativar um coração e de ter feito uma amizade verdadeira. De ter oferecido pão a um faminto e consolo a um aflito; De desviar do caminho errado e seguir pelo caminho correto, por mais árduo que essa possa ser. Podes escolher os caminhos que vais seguir no curso de sua Vida. Pode optar quais posturas que assumirás diante das mais variadas circunstâncias da vida. Você é o senhor de seus passos e o dono de seu futuro. Não compete a mais ninguém as escolhas que afetarão a tua história. Por mais que os outros possam atingi-lo, somente os seus próprios atos, suas reações é que definirão os rumos do teu destino. Antes de agir, reflita com ponderação e sabedoria. O arrependimento nas decisões equivocadas, tomadas sob a influência do egoísmo e da ira o fará sofrer. Fazer o bem sempre é motivo de satisfação e alegria. Para o homem de bem não interessa o reconhecimento pelo seu ato, nem gratidões e honrarias. A consciência tranqüila e a certeza de que se fez o melhor e o possível, é o suficiente para apaziguar o coração. Siga sempre pelo caminho do bem, e jamais se arrependerás dessa escolha. Utilize seus talentos, use a iniciativa e dê início aos seus projetos com amor, coragem e dedicação. Esse será o segredo do seu sucesso.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Olhando para frente!

Quero começar esse dia desejando a você um FELIZ 2013! Bom, mas vamos em frente, pois daqui a pouco, querendo ou não, as festas já estarão começando a ser esquecidas. As únicas lembranças delas serão as fotos que tiramos. E por falar nisso, muitos querem esquecer o ano que passou, enquanto outros guardam boas e más recordações do ano que passou. O que vem pela frente ainda é desconhecido. O passado talvez deva ter para nós a mesma função que o espelho retrovisor tem para o automóvel. Quando seguimos com nosso carro em uma autoestrada, muitas vezes encontramos veículos que precisam ser ultrapassados devido à lentidão em que estão na pista. Mas, antes de ultrapassarmos, precisamos dar uma olhada no retrovisor para termos certeza de que a ultrapassagem é segura. O ano que passou talvez traga recordações amargas que dificilmente serão esquecidas, mas precisamos aprender a lidar com elas. Por mais que nos esforcemos, não podemos mudar o passado. Talvez se fizéssemos parte de algum filme de ficção, poderíamos criar uma máquina igual a do antigo seriado de TV “O Túnel do Tempo”, em que os personagens podiam voltar no tempo para ajudar a consertar situações. Mas isso é só ficção. A realidade é que precisamos aprender a usar o passado como uma alavanca que nos impulsiona para frente. Que você tenha grandes expectativas para 2013, e que você baseie seus próximos 365 dias não naquilo que você é capaz de fazer por sua vida. E lembre-se daquela famosa frase, cujo autor não consigo lembrar nesse momento: Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.