sábado, 14 de maio de 2011

Criança esperta

Brincava de pique, esconde-esconde, soltava pipa, jogava bola, andava de bicicleta. Para a escola ia e voltava a pé brincando de correr e morava em casa. Não parava nunca. Essa era a vida das crianças de antigamente que eram magras simplesmente porque gastavam segundo alguns estudos, umas 600 calorias a mais se comparadas com as de hoje. Violência crescente, medo e carros. Muitos carros nas ruas congestionadas. As vilas onde a gente brincava não existem mais e as que existem se criança brincar na rua vem logo um vizinho chato reclamando do barulho. Outras vilas foram engolidas pela especulação imobiliária dando lugar a prédios, condomínios cercado de vigilância 24 horas mais parecendo prisões de segurança máxima. As crianças? Desapareceram das ruas e se divertem entre quatro paredes na frente de um computador. Quando não, estão de olhos fixos na televisão. Entre computador e TV passam mais de 27 horas sentadas, inércia que só perde para as horas de sono. Ficaram gordinhas, sem massa muscular e doenças que antes eram típicas de adultos como a hipertensão arterial e o diabetes passaram acometer também as crianças. Leva no médico pra quê se já sabe o porquê? Ao ouvir o médico dizer que precisa fazer exercício, controlar a alimentação os pais pensam estar transferindo a responsabilidade para ele. Foi o médico que falou!

Ora! Não precisamos ser muito inteligentes para saber que a obesidade na infância é a certeza de vida adulta problemática com pelo menos 30% mais chance de doenças cardiovasculares, articulares, ósseas, ansiedade, depressão e na terceira idade... Bom na terceira idade pode ser que nem chegue até lá porque já perdeu os 30% de vida. Pelo menos eu não conheço muitas pessoas com mais de 80 anos que seja obesa e tenha tido uma vida sem atividade física e preocupada com alimentação saudável.

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