terça-feira, 5 de abril de 2011

Queridos



Sempre que meus olhos não consigam ver o que é importante ou quando eu subvalorizar o que para você é o mais valioso;
Sempre eu não entender o que te é especial, ou que naquela hora eu não veja a importância, lembre sempre que eu sou como o AVIADOR, impactado com a forma como você consegue ver as coisas, valorizar o que é importante, ser sensível e ver o mundo!

O aviador, o principezinho, a ovelha VS a flor

Eis uma conversa do principezinho com o aviador...
No princípio o Aviador não deu importância... desvalorizou a preocupação do principezinho...
Ao referir que não tinha importância alguma a dúvida do pequeno, este ficou lívido e ripostou...

"-As flores fabricam espinhos há muitos milhões de anos. Apesar disso, as ovelhas comem flores há muitos milhões de anos. E vens-me tu agora dizer que tentar perceber porque têm elas tanto trabalho a fabricar espinhos que nunca lhes servem para nada não é uma coisa séria? Que a guerra entre as ovelhas e as flores não é uma coisa importante? Não será uma coisa bem mais séria e bem mais importante do que as contas de um senhor muito gordo e muito encarnado? E se eu, eu que estou aqui à tua frente, conhecer uma flor única no mundo, uma flor que não existe em mais lado nenhum senão no meu planeta, mas que, numa manhã qualquer, uma ovelhinha pode reduzir a nada num instante, assim, sem dar sequer pelo que está a fazer, isso também não tem importância nenhuma, pois não?

Corou. Mas ainda não tinha acabado.

- Amar uma flor de que só há um exemplar em milhões e milhões de estrelas basta para uma pessoa se sentir feliz quando olha para o céu. Porque pensa: «Ali está ela, alegres lá no alto...» Mas se a ovelha comer a flor, para essa pessoa é como se as estrelas se apagassem todas de repente! Mas isso também não tem importância nenhuma, pois não?

E não foi capaz de continuar. Desatou de repente a chorar. Entretanto, fizera-se noite e eu largara as minhas ferramentas. Queria lá saber do martelo, da porca, da sede e da morte! É que, numa certa estrela, num certo planeta, no meu planeta, na Terra, havia um principezinho para consolar. Peguei-lhe ao colo. Embalei-o. Fui-lhe dizendo: « A flor de que tu gostas não corre perigo nenhum... Eu desenho um Eu desenho uma armadura para a tua flor... Eu...»
Não sabia que mais lhe prometer. Sentia-me completamente desarmado. Não sabia como chegar até ele... É tão misterioso, o país das lágrimas!"

O Pequeno Príncipe - Saint-Exupéry
excerto do capítulo VII

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