domingo, 18 de dezembro de 2011

Por que ser igual se você pode ser especial?

Por José Luiz Tejon Especial nos negócios, especial na família, no amor, na amizade... na vida!! Começamos imitando. Isso não é errado. A Imitação é um grande elogio. O problema está em imitar o que e a quem... e por quanto tempo ? Nos programas de MBA, onde dou aulas ao longo dos últimos 20 anos, observo que os alunos ficam encantados com os "casos de sucesso". Admiram os nomes famosos, fazem reverencias a Bill Gates da Microsoft, Jeff Bezos da Amazon Books. As "mega corporações" são idolatradas como novos oráculos. E, geralmente o que está longe e inacessível é tido ainda, como exemplo maior de perfeição e idolatria. As capas de revistas exercem enorme fascínio sobre todos e - de repente, ficamos infelizes por não estarmos com a nossa cara, no meio das badalações! Quanto maior a distancia, maior a paixão!? Observo que essa forma de pensar, válida como fonte de estudos, mas preocupante como modelo de valores de vida, coloca um foco enorme na ilusão dos efeitos e muito pouco na concretitude das causas. E, o que é pior, joga para bem longe de cada um de nós a consciência do enorme poder que carregamos, por trazermos dentro de nós esse mesmo vigor de excepcionalidade. Especial não é ser o dono de uma rede de televisão. Especial é ter sido camelô, ter acreditado que poderia vender eletrodomésticos via um carnê, e com a animação de um programa de auditório ter conquistado esse império. Especial não é o ouro, eleito pela humanidade como símbolo da riqueza. Especial é o bicho da seda, que opera a transformação de um verme num patrimônio. Especial não é o filhote de um dálmata de pedigree ser vendido por R$ 500,00. Especial é a ninhada da vira-lata Catita, que salvou uma criança do ataque de um "pit-bull", ter sido comprada por esse mesmo valor. Especial não é se apaixonar pela Gisele Bündchen. Especial é se re-apaixonar pela sua esposa, 20 anos após. Especial não é ter sido o homem mais rico do mundo, no seu tempo. Especial é ter ficado órfão aos sete anos de idade, ter crescido a 1 500km da sua casa, ter sido criado como ajudante numa mercearia , enfrentado a todo um sistema de poder e de preconceitos, ser brasileiro e ter se transformado no Barão de Mauá. Importante nessa luta pela vida, é a luta interior, que travamos conosco mesmo. Não podemos ser tomados por uma síndrome de que o sucesso só acontece fora da gente. E, não podemos ser dominados por uma sensação de incapacidade, de lugar comum. Cada um de nós escolhe a quem imitar. Isso começa logo cedo, Nossos pais, parentes, amigos da vizinhança. Uma professora. Um artista, um profissional, um empresário. E, passando o tempo, vamos abandonando essa imitação e caminhamos para sermos nós mesmos. A chave de tudo isso é um dom antigo da sabedoria humana. Olhar, prestar atenção, ter respeito e admiração por alguém que representa algo que gostaríamos de ser um dia...e, necessariamente superar. Esse estado nos coloca em regime de atenção para as coisas boas, nobres, talentosas dessa outra pessoa. Um inimigo pode fazer muito por nós, se nos revela ângulos inteligentes para competirmos. O inverso dessa atitude inteligente é o de menosprezar o crescimento dos outros. É o de sempre procurar os defeitos e nunca as virtudes. Um conselho para você leitor, esteja onde estiver nesse nosso imenso Brasil. Olhe ao seu redor. Procure na sua cidade, no seu bairro, no seu estado. Preste atenção nas pessoas que estão sendo especiais. Fazendo a diferença acontecer. Concorrente nos negócios, estudante, profissional, na família, na vida. Eduque a sua energia para aprender com as vigorosas fontes do próximo. Começar copiando não é desonra é elogio. Criar o seu próprio modelo será a evolução natural disso tudo, pois temos dentro de nós a obrigação de perseguirmos a nossa essência. Faça isso tudo com velocidade. O tempo não para. Liberte-se daqueles "enroscos de rio" e use a força da corrente a seu favor. Realidade é o que você pensa! Comece agora a sua lista de especialidades e, inclua-se nela! José Luiz Tejon Megido é autor do livro "O Vôo do Cisne", professor de MBA de marketing e vendas da ESPM e mestre em educação, artes e história da cultura

Nenhum comentário:

Postar um comentário