domingo, 4 de setembro de 2011

A aventura das emoções

Hoje levantei cedo pensando no que tinha para fazer antes que o relógio voltasse a marcar meia-noite novamente. Fiquei cansada antes mesmo de botar o pé para fora da cama. Parei. Respirei lentamente por alguns instantes. Fiquei em silêncio e sentenciei: é minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar por meus pais não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Torço para que, amanhã cedo, você se levante com alegria e celebre a oportunidade que a vida lhe dá para lutar uma vez mais, com energia renovada, por seus sonhos de felicidade e saiba, com sua energia, realizar o que se propõe, mostrando a todos uma incrível disposição para batalhar até o fim. Com o carinho de sempre, Faça o que quiser pense o que quiser mas não culpe ninguém por seus resultados. Tacía
A revolução das emoções Vivemos uma brutal confusão entre sonhos, ilusões, realidade e fantasia. O desafio é saber pegar na realidade e, a partir dela, construir sonhos legítimos Por José Luiz Tejon Em uma recente palestra que fiz sobre O Vôo do Cisne, livro que escrevi em 2002 e chega agora à oitava edição, uma pesquisadora, que estudava os participantes do evento, me revelou em uma única frase o desejo ardente e mais profundo das pessoas: "fazer a revolução das emoções". E, por trás desse propósito, revela-se a repulsa às “celebridades” falsamente construídas. Basta de exemplos de seres extra-terrestres, distantes de nós, pessoas que nem conseguimos apalpar, ver, pegar ou sentir. As pessoas desejam uma revolução dentro das suas emoções, em suas vidas, nos seus bairros, cidades, casas. Ou seja, que afetem pessoas de verdade. Vivemos uma brutal confusão entre sonhos, ilusões, realidade e fantasia. O desafio, portanto, é saber pegar na realidade e, a partir dela, construir sonhos legítimos. Sonho é o que você faz com a realidade enquanto sonha. Ilusão é o que a realidade faz com você enquanto você se ilude.O livro O Vôo do Cisne é uma experiência dura e amarga de um "patinho feio" que vai transformando a sua vida em "cisne". E um aspecto sensacional da história é prestar atenção no valor das pessoas simples. Nada acontece e se consegue sozinho. A dependência aos outros é extrema – e de gente próxima! Não são as celebridades que fazem a diferença nas nossas vidas, mas os pais, a família, os vizinhos do bairro, o amigo da rua, a professora da escola, o servente de um bar, o patrão do primeiro emprego e a enfermeira que, além de cuidar das suas feridas, ajuda a sua cabeça.Juntamente com o maestro brasileiro João Carlos Martins, fui convidado para estar ao lado de outras 34 pessoas do mundo inteiro em uma publicação que será lançada pela editora norte-americana Mcgraw Hill, até o final do ano. Patrick Sweeney, um dos autores, ao me entrevistar em São Paulo no início deste mês de maio, perguntou : "Tejon, qual foi a primeira vez que você se sentiu forte? Quanto tomou consciência de sua força interior?". Pensei e não consegui lembrar de um momento específico, uma hora em que tudo ficou claro. Forcei a memória e chorei. Entendi, pela primeira vez em quase 50 anos, que há processos ao longo da vida que nos levam a seguir, caminhar, não parar ou desanimar. Lembrei-me, então, dos insistentes convites da minha mãe para que eu, aos seis anos de idade, a ajudasse a puxar o carrinho de feira pelas ruas do nosso bairro, em Santos. Eu, com uma terrível queimadura no rosto, não queria sair de casa por nenhum motivo. Mas minha mãe não desistia em tentar me convencer de que precisava da minha ajuda. "Você tem puxar o carrinho!", repetia ela. Debilitado, sempre saindo de alguma cirurgia, eu não tinha força nem para me puxar. Imagine só puxar o carrinho da feira? Pois, agora, relembrando os fatos, descobri que ela me enganava ao pedir minhas forças para ajudá-la – quando, em verdade, ela me passava toda a sua força e coragem para me tirar de casa, do escuro, da caverna. Se eu não conseguisse enfrentar a feira do meu bairro, seria impossível encarar o resto do mundo. Nenhuma celebridade fez isso por mim. Foi uma simples mãe adotiva e quase analfabeta. Revolucionar suas emoções significa prestar atenção nos detalhes da sua realidade. Beijá-la. Cada momento da sua realidade constrói ou destrói sonhos. Ilude ou realiza. Preste atenção. Só você pode descobrir. Roberto

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